A educação financeira é algo que deve ser aprendido desde cedo. Se esse é um tema que começa a engatinhar nas escolas brasileiras, os pais devem tecer o assunto aos poucos para que a criança dê valor aos pedaços de papel que são tão valiosos, afinal mais cedo ou mais tarde os pequenos precisarão realizar pequenas ações comerciais, a exemplo da compra do lanche no momento do recreio.
O tema pode ser explanado quando a criança chega aos três anos e variar conforme a idade avança. A partir do ano seguinte já é possível a compreensão de valor, inclusive em relação a notas e moedas. Quando os pequenos aprenderem os números pode-se relacionar cada nota à sua cor.
Mesada pode ser uma boa medida para ensinar o valor do dinheiro. O ideal é que no início as quantias sejam fixas para que a criança possa fazer o controle do que tem. É uma excelente oportunidade para ensinar que ela pode economizar e fazer poupança para comprar algo de maior valor. O cofrinho é uma ferramenta que ajuda nessa tarefa. Pode ser em formato retangular ou no tradicional porquinho. Dar a ideia de confeccionar o objeto da maneira que o filho quiser, seja com tinta guache ou adesivos, é algo divertido e o transformará em um verdadeiro vigilante do dinheiro. Além disso, é possível motivar com remunerações extras a partir de uma quantia alcançada.
Ainda na questão do controle, a criança precisa compreender que o dinheiro acaba. É uma regra básica da economia e vale ser lembrada: não se pode gastar mais do que se ganha. Ensinar os conceitos de caro e barato é essencial. Mostrar para o filho que um mesmo produto pode ter preços diferentes, é um incentivo para as pesquisas de preço. Por conseguinte, voltando ao exemplo do início, a compra do lanche na escola é uma das primeiras ações que envolvem a relação com o dinheiro. Deve-se aproveitar a oportunidade para estimular o consumo de alimentos saudáveis, que muitas vezes podem ser mais baratos. Levar o lanche de casa em alguns dias da semana é uma alternativa para economizar. Aos poucos, os pequenos podem ganhar a quantia pelos próprios esforços, realizando alguma tarefa, pois além de se ensinar sobre o valor do dinheiro, ensina-se também o valor do trabalho.
Por fim, essa e as outras dicas só obterão êxito se existir o exemplo dos pais. Não adianta falar para o filho não ser um gastador, se o pai ou a mãe se comportar como um consumidor compulsivo. É preciso muito cuidado, afinal os filhos são verdadeiros espelhos dos pais e ações são muito mais influenciadoras do que palavras.
Saiba mais detalhes do tema no áudio a seguir com o economista e terapeuta organizacional Roland Paiva:
Redação Saúde no Ar*
(M.M)
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