Além de ser azul, o mês de novembro também é dourado. A cor é destinada a conscientização sobre o câncer Infantojuvenil; principal causa de mortalidade por doença entre crianças e adolescentes
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca); o câncer já representa a primeira causa de mortalidade por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos em todo o País. Além disso; o número de novos casos esperado para o país, para cada ano do triênio 2020-2022, será de 8.460, sendo 4.310 casos no sexo masculino e de 4.150 para o sexo feminino.
Dessa forma; para conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce, o dia 23 de novembro é considerado o Dia Nacional de Conscientização sobre o Câncer Infantojuvenil. A campanha Novembro Dourado marca o mês de luta contra a doença e alerta aos pais, educadores; bem como profissionais da saúde para ficarem atentos aos sintomas do câncer nesta faixa etária.
De acordo com o médico e Cláudio Galvão, Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica; “Diferentemente do câncer em adultos, que geralmente se desenvolve a partir de fatores de risco relacionados a outras doenças crônicas (obesidade, hipertensão, tabagismo etc); o câncer na criança e no adolescente está ligado a determinantes genéticos e, geralmente, afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação como ossos e músculos”.
Tipo mais comum
Contudo; segundo a American Cancer Society, o tipo de câncer mais comum nesta faixa etária é a leucemia (28%); seguida pelo do sistema nervoso central (26%) e, em terceiro lugar, os linfomas (8%). Entre os principais exames para diagnosticar os casos em crianças e adolescentes estão a biópsia, punções aspirativas e utilização de anticorpos contra antígenos específicos, entre outros.
De acordo com o INCA, 8 entre 10 crianças e adolescentes diagnosticados com câncer podem conseguir tratamento no tempo adequado se a doença tiver diagnostico precocemente e tratada em centros especializados. “Por isso, campanhas como a do Novembro Dourado é necessária. É necessário não ignorar os sinais iniciais do câncer, dar atenção à queixas das crianças, principalmente as recorrentes e levá-las para uma consulta quando houver alguma anormalidade”, alerta Dr Cláudio.
Entre os sinais que pais, educadores e profissionais da saúde devem estar atentos está a perda de peso; manchas roxas ou sangramento pelo corpo sem machucados; vômitos acompanhados de dor de cabeça, diminuição da visão ou perda de equilíbrio; caroços em qualquer parte do corpo e febre prolongada sem causa aparente.
“É fundamental que crianças e adolescentes curados do câncer tenham acompanhamento com equipe especializada e multidisciplinar”.