A COP27 que reune diversos líderes mundiais debate o financiamento dos países desenvolvidos àqueles em desenvolvimento, para fins contenção de danos, reparações e adaptações às alterações climáticas.
Além disso, nos corredores da conferência, também se fala em financiamento para empresas, por meio da geração de recursos limpos. Durante entrevista a CNN, o diretor-executivo da Corporação Financeira Internacional (IFC), Makhtar Diop – um braço do Banco Mundial – afirmou que o Brasil é um dos principais alvos dos investidores, muito por causa da possibilidade de montar negócios sustentáveis.
“O potencial do Brasil é imenso. Do Ceará ao Rio de Janeiro, temos um potencial gigante com geração de energia limpa. Isso é algo que devemos investir e apoiar a transição na América Latina”, afirmou.
Com cerca de 70% do portfólio da IFC de energia renovável, a corporação está focada na parte mais pobre do mundo. Principalmente no continente africano, onde eles pretendem fortalecer investimentos em energia solar. Em países com recursos naturais abundantes, a ideia é investir em hidrogênio verde, que é gerado por energias renováveis ou de baixo carbono.
Além disso, Diop, lembrou que no Brasil, o IFC lançou, títulos verdes, que tem como objetivo financiar projetos de sustentabilidade e, de maneira pioneira. Os diálogos vêm se fortalecendo, segundo o diretor. “E isso é muito bem recebido pelas companhias no Brasil. Também estamos aumentando diálogo em PPPs (parcerias público-privado)”.
Na chamada “Conferência do Clima da Implementação”, um grupo de ao menos 25 países formou a Parceria de líderes para Floresta e Clima (FCLP, em inglês). A ideia é recuperar florestas até 2030. Por enquanto, o Brasil não aderiu à parceria. As negociações seguem.
Convidado por líderes internacionais, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, informou nesta quinta-feira (10) que viajará ao Egito na segunda-feira (14) para participar da conferência do clima COP27. De acordo com informações da assessoria, Lula também irá a Portugal, no dia 18. Onde se reunirá com o presidente Marcelo Rebelo de Sousa e com o primeiro-ministro português, António Costa.