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Idosos do Lar Maria Luiza podem ficar sem abrigo

LarVinte velhinhos carentes podem ficar sem ter para onde ir, caso o Lar Irmã Maria Luiza, localizado nos Mares, não consiga os recursos necessários para as obras exigidas pela Vigilância Sanitária,  que devem ficar em torno de R$ 10 mil: cerca de R$ 5 mil para o material e quase a mesma quantia para a mão de obra.

Depois de vistoriar o local em junho, a Vigilância Sanitária exigiu a instalação de uma cobertura metálica no local para proteger as roupas dos idosos, geralmente abandonados no abrigo por parentes que não podem, ou não querem, cuidar deles.

Segundo a Irmã Cícera Soares Santos,80 anos, fundadora do abrigo, as roupas deles são colocadas para secar na área externa,a única disponível, e os fiscais da Vigilância acham que acabam sendo atingidas por poeira e por resíduos causados pelo trânsito no lugar.  O sótão e a casa de gás também precisam passar por reparos.

Conforme Irmã Cícera,  ela reformou tudo que pode   mas não conseguiu recursos para fazer “essa bendita cobertura”.

A freira conta que a maior parte dos familiares dos idosos não dá nenhuma contribuição. Deixam o velhinho lá e somem deixando para ela o encargo de arranjar dinheiro até para enterrá-los, quando  morrem. Além disso, o Lar  sobrevive apenas de doações e não recebe ajuda dos poderes públicos.

Campanha

Uma campanha em prol do Lar Irmã Maria Luiza já está rolando pelas redes sociais pedindo ajuda para o lugar sob a forma de roupas de camas, fraldas, toalhas, alimentos, material de limpeza e até de panelas. Lá, conforme a religiosa, está faltando tudo.

Além do abrigo nos Mares, que funciona há mais de 30 anos, existem mais dois sob a responsabilidade da freira: um localizado na Avenida Tiradentes, 215 e outro na Rua Conselheiro Zacarias, 19. Ao todo, Irmã Cícera tem sob os seus cuidados, 91 idosos que sem os abrigos poderiam estar vivendo (ou morrendo) nas calçadas da cidade.

Irmã Cícera diz que está devendo contas de água, de luz, telefone, casa e empregados .Ela afirma precisar de R$ 70 mil mensais para manter os três abrigos, mas que na maioria das vezes não consegue nem R$ 40 mil.
Através do jornal Tribuna da Bahia, ela fez um apelo à população : “Eu peço à população baiana que me ajude a sair dessa enrascada em que estou. Não tenho sossego. O povo me cobra o tempo todo e não tenho como pagar.”

A coordenadora da Vigilância Sanitária, Karina Queiroz, informou que os abrigos de Salvador têm passado por vistorias em obediência à RDC (Resolução da Diretoria Colegiada) número 283/2005 que busca evitar danos à saúde dos idosos, e que caso se note uma situação que possa levar ao adoecimento ou morte do paciente vai gerar uma interdição parcial ou total do lugar.

Doações

Quem quiser ajudar Irmã Cícera pode fazer doações através da conta corrente da entidade no Banco do Brasil: agência 0904-0, conta 27511-5. O CGC do abrigo é 339.644.610.001.33. Mais informações pelo telefone 3314.2885.

Fonte :TB
A.V.

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