As medicas, que atendem no Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Universidade Federal da Bahia e vinculado à Rede Ebserh (Hupes-UFBA/Ebserh), escolheu um jeito diferente de lidar com seus pacientes, fazendo receitas que são mais visuais e fáceis de entender. O resultado é a maior compreensão da receita, o modo de utilizar o remédio, além da facilidade do manejo do receituário.
“O foco são os pacientes analfabetos, mas também a ideia é esclarecer, de forma didática, uma receita. Não se trata apenas de pacientes que não sabem ler. Há aqueles que têm muitos remédios para ministrar. Foi assim que decidimos criar uma receita didática em que não houvesse dificuldades de entender o que está prescrito. Nosso foco é a humanização e isso inclui uma linguagem acessível ao paciente”, descreve a residente Mariana Fontes.
A dupla esclarece que a prática de receitas didáticas é utilizada na medicina da família. No entanto, a experiência tem dado certo no atendimento ambulatorial. “Eu já passei pela medicina da família e vi que lá se usa uma linguagem mais acessível. Por que não trazer para dentro do ambulatório mais especializado. Queremos modificar não só a estética de uma receita de infectologia ou psiquiatria, mas fazer com que o paciente se sinta seguro a ministrar a quantidade de remédios e seu correto uso”, disse Ana Elisa Almeida.