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IBGE: Atenção primária infantil no SUS precisa de melhorias

Crianças são imunizadas na tenda de vacinação instalada na Quinta da Boa Vista para a campanha contra a poliomielite e o sarampo, prorrogada até o dia 22/09 no estado do Rio de Janeiro.

TPela primeira vez, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pesquisou como os pais e responsáveis avaliam a Atenção Primária à saúde infantil no SUS.

De acordo com a pesquisa, realizada pelo o IBGE, a APS a crianças, do Sistema Único de Saúde (SUS), ainda precisa de aprimoramento. Os pais e responsáveis que participaram da pesquisa atribuíram notas aos serviços prestados, e as avaliações mostram que a APS ainda é considerado satisfatório. Os dados estão na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua: Atenção Primária à Saúde 2022.

O questionário aplicado, no segundo trimestre de 2022, aos responsáveis por crianças menores de 13 anos que tiveram ao menos um atendimento na unidade básica de saúde nos 12 meses anteriores à entrevista. Em escala de 0 a 10, a nota atribuída no Brasil foi 5,7. O escore é inferior a 6,6, considerado, na avaliação, o padrão mínimo de qualidade.

A pesquisa é uma versão adaptada e reduzida do chamado Instrumento de Avaliação da Atenção Primária à Saúde (do inglês Primary Care Assessment Tool – PCATool). Também validado no Brasil pelo Ministério da Saúde, cuja metodologia está em adaptação por diversos países, o que permite a comparação internacional dos serviços.

Atenção Primária

A APS é considerada a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) no país. Nessa primeira abordagem, as pessoas que buscam os serviços de saúde são cadastradas e acompanhadas. No Brasil, a Atenção Primária à Saúde é desenvolvida em todos os municípios, preferencialmente por equipes de saúde da família. A APS possui formação com pelo menos um médico, um enfermeiro e um técnico de enfermagem.

 

A pesquisa

De acordo com o IBGE, as notas variam conforme a localidade. Contudo nenhuma atingiu a estimativa igual ou superior a 6,6. A Região Sul obteve o maior escore geral, 6, e o Norte, o menor, 5,4. As demais regiões apresentaram escores gerais muito próximos: Nordeste e Centro-Oeste (5,7) e Sudeste (5,6). Já as unidades da Federação com valores iguais ou superiores a 6: Paraná (6), Santa Catarina (6,1). Bem como, Rio Grande do Sul (6,0), Mato Grosso (6,4) e o Distrito Federal (6,1).

Além disso, o instituto também anunciou outra pesquisa, chamado Net Promoter Score (NPS). Utilizado pelo setor de saúde no Brasil pelos planos privados de assistência à saúde e também mais recentemente, pelas unidades do SUS. Assim, o indicador usou calculos a partir das respostas dadas pelos responsáveis pelas crianças. O NPS, que varia de -100 a +100, mostra quanto uma pessoa recomendaria ou não determinado serviço.

Dessa forma, a Atenção Primária do SUS no Brasil obteve NPS 28, o que significa que esse serviço está em zona de aperfeiçoamento (de 0 a 50). O escore abaixo de 0 significa que o serviço está na zona crítica. Bem como acima, entre 51 e 75, a zona de qualidade, e entre 76 e 100, a zona de excelência. O que mais foi levado em conta para a atribuição das notas, de acordo com a pesquisa, foi a forma como os responsáveis pelas crianças foram recebidos nas unidades de saúde e o trabalho da equipe para a solução do problema.

 

 

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