Hospital Universitário para atividades em Niteroi

O Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), em Niterói, região metropolitana do Rio, suspendeu as internações, exames e cirurgias por falta de verbas e repasses do Ministério da Saúde. O hospital está com esses procedimentos paralisados desde 8 de outubro.

Na manhã desta quinta-feira (05.11), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal Fluminense (Sintuff), realizou um ato público contra a situação do hospital que atende a população de Niterói e de mais sete municípios.

Segundo o sindicato, a medida acarretou uma crise profunda no hospital, já que pacientes com cirurgias marcadas há meses tiveram de voltar para casa. A paralisação, em alguns setores do hospital, praticamente inviabilizou o atendimento. Alunos da área biomédica da Universidade Federal Fluminense utilizam o Antônio Pedro como hospital-escola e estão perdendo aulas práticas por conta da suspensão no atendimento.

Conforme a assistente administrativa do hospital, Ligia Regina Martins, falta materiais para o trabalho e os pacientes estão sofrendo descaso por conta da situação. “Faltam álcool, seringas, lâmpadas etc. Temos de comprar equipamentos do próprio bolso para poder trabalhar.”

A direção do Antônio Pedro confirmou a falta de medicamentos e insumos e de verbas do Ministério da Saúde. A unidade foi parcialmente abastecida na quarta (04.11), estando prevista  uma reunião na tarde desta quinta para definir a continuidade ou não da suspensão de internações, exames e cirurgias. Durante a paralisação, somente duas cirurgias gerais emergenciais serão realizadas por semana.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que os repasses para os hospitais universitários estão regulares e que, este ano, garantiu a essas unidades um acréscimo de 14% de incentivos em relação ao que já é pago pelos procedimentos. Foi destinado adicional de R$ 207 milhões, totalizando pagamento de R$ 1,45 bilhão até outubro de 2015.

Sobre o Hospital Universitário Antônio Pedro, que é de gestão municipal, o Ministério da Saúde esclareceu à Agência Brasil que, no dia 22 de outubro, repassou R$ 1,8 milhão diretamente à unidade, por meio do Programa de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf).

O Ministério ressaltou, no documento, que a unidade recebeu em 2015 R$ 26,9 milhões, valor 70% maior que o valor informado, que foi de R$ 15,8 milhões. O Ministério da Saúde informou também que até o momento não recebeu pedido de aumento de recursos para a unidade.

Portal Saúde no Ar

A.V.

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