O Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS), filial da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), dará inicio as pesquisas com célula-tronco para tratamento de pacientes. O núcleo faz parte da Rede Ebserh desde outubro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
O médico ortopedista responsável pela pesquisa, Ronald Barreto, explica que todo projeto de pesquisa dessa natureza deve ter critérios de inclusão e de exclusão. “Precisamos de 25 pacientes com uma patologia bem característica. Vamos verificar se todos estão com exame que mostre o não rompimento completo do tendão, esse rompimento tem que ser parcial. O paciente precisa se encaixar em uma séria de especificações para poder participar do projeto”, pontua.
Segundo o pesquisador, será disponibilizado, em data ainda não divulgada, um dia de atendimento para fazer a triagem desses pacientes, realizada no próprio HU-UFS, que passarão por avaliação inicial, verificando se podem, ou não, participar da pesquisa. Os pacientes selecionados para o estudo receberão aplicação de células-tronco dele mesmo. Sendo um procedimento de baixo risco o paciente será acompanhando e após um ano verificado os resultados preliminares. O projeto tem o objetivo de provar que é viável o procedimento dentro do SUS.
O médico ressalta que a medicina regenerativa está baseada em utilizar a nossa biologia, as nossas próprias substâncias, para estimular o crescimento de tecido que normalmente não cresce. “Quando se tem um desgaste, por exemplo, de uma artrose de joelho, que é quando se tem o desgaste da cartilagem. Alguns medicamentos tentam regenerar, como o colágeno, mas a eficiência desses medicamentos não está comprovada. Estão começando a surgir algumas alternativas, uma delas é o transplante de células-tronco. Você tira gordura do próprio organismo, como se fosse uma lipoaspiração, liquefaz, emulsifica e injeta nas articulações que precisam de tratamento”, esclarece.