A equipe de fisioterapia do Hospital Estadual da Criança, há um ano vem trabalhando com animais para estimular as crianças para fazer os exercícios indicados pela equipe. A iniciativa foi de uma das fisioterapeutas da instituição, Itana Nogueira, resolveu unir duas paixões: a fisioterapia e os animais. A profissional que tem três cachorros, duas Cclopsitas, um porquinho da índia, três jabutis e um peixe, fez cursos em outros Estados do país e resolveu praticar seus conhecimentos trazendo para o HEC a Terapia Assistida por Animais (TAA).
As atividades podem ser individualizadas ou em grupo, com periodicidade mensal e são projetadas para promover a melhoria da saúde física, social, emocional e funcionamento cognitivo (pensamento e habilidades intelectuais) dos pacientes. Além de Itana, Daniela e Maiara, que também fazem parte da equipe, já aderiram e auxiliam na aplicação da terapia. Inicialmente o projeto funcionava apenas na área externa da instituição, mas atualmente os animais já entram na unidade e visitam também os pacientes que não podem sair dos leitos.
Existem estudos científicos que comprovam que, durante a TAA, há produção e liberação do hormônio endorfina no corpo do paciente, o que resulta sensação de bem-estar e relaxamento, assim como diminuição na pressão arterial e do nível do hormônio cortisol. Os benefícios nos pacientes podem ser físicos e mentais, pela inibição da dor e estímulo à memória, assim como sociais, pela oportunidade de comunicação, sensação de segurança, socialização, motivação, aprendizagem e confiança, além de diminuir a solidão e a ansiedade; recuperar a autoestima, desenvolver sentimentos de compaixão e estimular a prática de exercícios.
A utilização de animais na terapia exige algumas precauções, como a prevenção de doenças, principalmente as zoonoses, feita pelo controle periódico da saúde, realizado pelo médico veterinário que acompanha todos os animais que participam da terapia no HEC. Antes de todas as visitas os animais passam por uma higienização especial e só têm contato com as crianças se não oferecerem nenhum comprometimento a sua saúde.
Segundo Itana, “É muito gratificante realizar esse trabalho aqui, pois vemos a melhora dos pacientes e a resposta positiva a cada visita. No que diz respeito à parte motora, as melhoras sempre são mais perceptíveis a médio e longo prazo, mas na questão emocional os resultados são mais rápidos e fáceis de identificar. Além dos pacientes, percebemos que a presença dos animais nos setores promove também a humanização da equipe e dos acompanhantes.”
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A enfermeira coordenadora da Oncologia da instituição, Eujcely Santiago, afirmou que “em alguns pacientes a melhora emocional é imediata. Dá pra ver a alegria deles quando o animal entra no quarto e a motivação extra para fazerem os exercícios junto com a equipe de fisioterapia.”
Redação Saúde no Ar
Fonte: assessoria
Foto: divulgação