Único na Bahia especializado no tratamento de doenças como meningite, tétano e leptospirose, o Hospital Couto Maia completa 162 anos nesta quinta-feira (09.04). Cerca de 500 profissionais trabalham no hospital, que atende até dois mil pacientes por mês e é referência do estado na área de doenças infecciosas e foi construído em 1853, no bairro de Monte Serrat, para ser uma unidade dedicada ao combate de epidemias.Atualmente, a maior parte de internações é causada pelo vírus HIV.<Br>
Segundo a diretora médica, Ana Verônica Mascarenhas, o hospital foi pensado estrategicamente para evitar que doenças fossem trazidas pelos viajantes que chegavam à cidade em navios.<Br>
“O hospital ainda é um dos mais procurados pela população. Muitas vezes também recebemos pacientes de outras unidades. Atualmente registramos que 60% dos nossos pacientes são portadores do vírus HIV. Nós os acolhemos e fazemos todo o acompanhamento”, afirma Ana Verônica.<Br>
Segundo ela, o Couto Maia surgiu por causa da necessidade de um hospital de isolamento para pessoas que tinham febre proveniente de doenças contagiosas, como a febre amarela. O local foi escolhido por ser próximo ao mar, alto e arejado. Era o lugar ideal para receber os pacientes que chegavam à cidade em navios. As pessoas eram examinadas e as que apresentavam suspeita em relação às doenças, ficavam de quarentena internadas aqui, explica a diretora médica.<Br>
“O Couto Maia surgiu por causa da necessidade de um hospital de isolamento para pessoas que tinham febre proveniente de doenças contagiosas, como a febre amarela. O local foi escolhido por ser próximo ao mar, alto e arejado. Era o lugar ideal para receber os pacientes que chegavam à cidade em navios. As pessoas eram examinadas e as que apresentavam suspeita em relação às doenças, ficavam de quarentena internadas aqui”, explica a diretora médica.<Br>
O hospital é divido em três pavilhões. Fazem parte da estrutura física 101 leitos, entre os quais, seis de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e 30 pediátricos, além de ambulatórios para pessoas com HIV, para neuroinfectologia e para assistência a pacientes com hanseníase. A professora Josidelma Maciel de Pinho ficou satisfeita com o resultado do tratamento do filho, John Vitor, que tem a doença.<Br>
“Quando chegamos aqui, meu filho tinha manchas espalhadas pelo corpo. Agora, depois de seis meses de tratamento, ele está com a pele lisa. Não tem nenhuma mancha. Fizemos novo exame e deu negativo. Espero que hoje seja a última sessão do tratamento dele. Estou aliviada e muito feliz com o resultado”, diz Josidelma.<Br>
A situação do aposentado Nivardo Monteiro da Silva, 72 anos, é um pouco diferente. Ele foi encaminhado ao hospital por causa de uma febre que não passava. Depois de um mês internado, o aposentado destaca a qualidade e o carinho dos profissionais. “Já havia passado por outros hospitais. Mas, no Couto Maia, me senti bem tratado. A equipe é atenciosa e conseguiu controlar a febre”.<Br>
A educação tem espaço garantido nas instalações da unidade. Em um edifício-anexo funciona o Núcleo de Educação e Pesquisa (NEP), onde estudantes de Medicina e médicos residentes têm a oportunidade de aprimorar os conhecimentos. “O Couto Maia é um hospital onde a pesquisa é incentivada. Temos linhas de pesquisa em leptospirose, tétano, entre outras doenças. O nosso banco de dados é bastante utilizado por estudantes em suas monografias. O que é estudado e pesquisado é repassado aos profissionais da saúde”, explica o coordenador do NEP, Edílson Sacramento.<Br>
O hospital também abriga o Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), onde são disponibilizadas vacinas especiais que não constam na Rede Básica de Saúde como oferta. Para ter acesso à medicação, os pacientes precisam de recomendação médica. Os portadores de anemia falciforme são os que mais procuram vacinas no local.
Fonte: Secom