Hospitais planejam demissões em massa na Bahia após piso da enfermagem

Caso o piso nacional da enfermagem, suspenso por 60 dias pelo Supremo Tribunal Federal (SFT), seja restabelecido após o fim do prazo determinado pela Corte, dirigentes de hospitais consultados pela Satélite admitem, reservadamente, que já estão previstos para todo o estado cortes de 5% a 8% dos profissionais do grupo de enfermagem – enfermeiros, técnicos e auxiliares –
Hospitais privados e filantrópicos na Bahia preparam um plano de demissão em massa de pelo menos quatro mil trabalhadores, sendo dois mil só em Salvador e Região Metropolitana.

O efeito será maior sobre aquelas com alta demanda do SUS. Basicamente, os hospitais filantrópicos, que  já  estão em grave crise financeira,  decorrentes do teto no orçamento da saúde.

Os estados do sudeste, como  Rio de Janeiro e São Paulo, os valores pagos hoje para a área de enfermagem estão equiparados ou próximos ao piso fixado na nova lei, mas no nordeste a realidade é diferente.

Entre os hospitais privados, o Mater Dei é o único que descarta categoricamente corte de pessoal por causa do piso. Em reunião recente, a diretoria da rede na Bahia definiu que, independente das negociações no STF, absorverá o aumento dos custos sem demitir colaboradores na unidade inaugurada este ano em Salvador.

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