Os cuidados paliativos ou hospice care vêm crescendo muito nos últimos anos. Indicado para pacientes com doenças progressivas e limitada expectativa de vida, este tipo de tratamento é voltado à humanização e individualização do doente. “Ao contrário das tradicionais internações hospitalares, cujo foco é o alívio do sofrimento físico, com atenção à cura e ao prolongamento da vida, no hospice, a preocupação é com o alívio do sofrimento físico, psíquico, espiritual e social, dando mais qualidade de vida aos dias do paciente”, explica Lucas Andrade, diretor da Clínica Florence, a primeira voltada a cuidados paliativos e reabilitação do Nordeste.
Ainda segundo Lucas, outra importante diferença do hospice diz respeito ao suporte à família. “Nos hospitais comuns, onde o ambiente costuma ser mais impessoal, assistentes sociais ou psicólogos são responsáveis por confortar os parentes do paciente, enquanto, no hospice, que tem ambiente mais acolhedor, existe uma equipe multidisciplinar completa, especializada em perda, luto e comunicação difícil, com suporte extensivo a familiares e amigos”, destaca.
Entretanto, ainda de acordo com o médico, não são todos os pacientes que podem ser transferidos para o hospice care. “No caso da Florence, por exemplo, recebemos dois públicos distintos: pacientes que precisam de cuidados paliativos, com doenças crônicas, ameaçadoras à continuidade da vida, com internações frequentes, que exigem cuidados especiais, e em reabilitação, internados em hospitais de alta complexidade e que necessitam de um cuidado temporário de transição, para se reabilitar e retornar às suas residências”, pontua.
Em relação ao home care, Lucas explica que as complexidades são diferentes. “O home care é um tratamento de baixa complexidade, que disponibiliza, na casa do doente, uma equipe médica da empresa contratada, de acordo com a sua necessidade e possibilidades da família, o que é bem diferente de um paciente com doença crônica incurável, que necessita de uma assistência diferenciada para ele e os familiares, sendo melhor assistido numa unidade modelo hospice”, finaliza.
Fonte: Dr. Lucas Andrade
Foto: Google
Redação Saúde no Ar