Homem que contraiu raiva está em coma

É grave o estado do homem de 38 anos, que foi diagnosticado com raiva humana e que está internado no hospital universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap), da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande. Ele está em regime de isolamento, em coma induzido e respirando por aparelhos. O hospital informou que o paciente foi transferido para a unidade na sexta-feira (17), procedente de Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande, onde foi mordido por um cachorro infectado. Após o ataque, ele foi encaminhado para uma unidade de saúde no próprio município, com queixas de febre, dores musculares, irritabilidade, dificuldade para se alimentar e espasmos musculares. No primeiro atendimento, de acordo com o relatório médico, o paciente recebeu hidratação intravenosa, vacina antitetânica e antirrábica.

Com a piora do estado de saúde do homem, foi decidido pela transferência para o Humap, que é referência em doenças infecciosas. O hospital informa que a doença é de difícil tratamento, mas que existe pelo menos um caso de sobrevivência de raiva humana registrada em 2008, no estado de Pernambuco. Por isso, os órgãos de saúde locais tentam, junto ao Ministério da Saúde, acesso aos medicamentos utilizados nesse caso. Segundo dados do Ministério da Saúde, o último caso de raiva humana em Mato Grosso do Sul foi registrado em 1994. A raiva é um vírus que afeta o homem além dos animais. O período de incubação anterior aos sinais clínicos variável e ataca rapidamente o sistema nervoso do animal.

É uma doença infecciosa de evolução aguda, quase sempre mortal, que se manifesta entre os animais por transtornos do conhecimento, aumento da excitabilidade nervosa e sintomas paralíticos. Transmite-se entre os animais, quase sempre através da mordedura ou contaminação de ferimentos por saliva de animais doentes do mal. O vírus está contido em alta concentração na saliva, e demais excreções e secreções dos animais acometidos da doença, além de também no sangue.  Os mais vulneráveis a contraí-la são os animais mamíferos em geral, porém mais de 80% dos casos assinalados pela literatura médica são carnívoros, e em especial o cão doméstico. Interessante assinalar-se que o sintoma da fobia à água somente ocorre no homem quando acometido da moléstia, portanto o termo hidrofobia deve ser reservado exclusivamente ao homo sapiens.

 

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