Nesta segunda- feira (22/07) é celebrado o dia mundial do cérebro. A Federação Mundial de Neurologia destacou como tema a enxaqueca, que acomete uma em cada sete pessoas em todo o mundo.
A enxaqueca é um distúrbio neurológico e tem como sintomas cefaleia (dor de cabeça), náuseas (enjoo), vômito, tonturas, formigamento e dormência do corpo e as chamadas “auras”, que se manifestam antes ou durante as crises, na forma de pontos luminosos, escuros ou linhas em ziguezague.
Diferenças entre dor de cabeça ( cefaleia) para enxaqueca:
A cefaleia popularmente chamada de dor de cabeça é um desconforto ou dor localizada na região cefálica.
As crises da enxaqueca crônica, por sua vez, são caracterizadas por dor pulsátil (ou latejante), de intensidade moderada a forte e com predominância em um lado da cabeça, embora também possa ocorrer bilateralmente. Geralmente, são seguidas de náuseas, vômitos, sensibilidade à luz (fotofobia) e ao som (fonofobia).
“O diagnóstico é puramente clínico, ou seja, de acordo com a identificação dos sintomas, aliada a um exame físico e um exame neurológico normal, é que damos um diagnóstico de enxaqueca. Os exames de imagem, como uma tomografia, uma ressonância, são necessários quando o médico quer excluir outras causas que podem mimetizar uma enxaqueca. Mas, para a enxaqueca pura, eu não preciso de nenhum exame de imagem. Basta conversar com o paciente, colher uma historia detalhada e fazer um exame físico detalhado. Mais de 90% das dores de cabeça são primárias, que são a enxaqueca e a dor de cabeça tensional. Somente 10% delas é que vão demandar algum exame de imagem, quando se suspeita de algo mais grave. A rigor, um exame físico bem feito e uma histórica clínica bem colhida já dão o diagnóstico”, diz Márcia Silva, neurologista do Hospital Brasília.