Popularmente conhecida como acne inversa, a doença de pele hidradenite supurativa, atinge 0,4% da população, e pode causar impactos sociais e psicológicos, como depressão, isolamento social e ansiedade na vida de milhares de brasileiros.
De acordo com o dermatologista do Instituto Baiano de Imunoterapia e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Gleison Vieira Duarte, na maioria dos casos, a doença começa após a puberdade ou em adultos jovens, afetando de 2 a 5 vezes mais mulheres do que homens.
“A doença tem um forte impacto na vida dos pacientes. Muitos têm dificuldades para andar ou sentar, dependendo da região das lesões cutâneas”, afirma.
Considerada uma patologia inflamatória de pele, dolorosa e crônica, a hidradenite supurativa é caracterizada por nódulos e caroços que aparecem com frequência em regiões de grandes dobras no corpo, como as axilas, sob as mamas, nádegas e entre as regiões genitais. Eventualmente pode surgir também no couro cabeludo, nuca e face.
Além disso, especialistas alertam que temperaturas mais baixas requerem cuidados especiais, como roupas mais folgadas, que não friccionem a pele. Sem exames específicos, a hidradenite supurativa pode levar até 12 anos para ter diagnostico.
Não existe cura para a hidradenite supurativa. Mas com o tratamento precoce, o dermatologista pode ajudar no controle das lesões. O Ministério da Saúde, publicou o primeiro PCDT PCDT (Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas) para tratar a doença. O protocolo inclui terapias inovadoras, como medicamentos biológicos, disponíveis atualmente também em planos de saúde privados.
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