O Julho Amarelo tem por objetivo reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais, que são classificadas pelas letras do alfabeto que vão de “A” até “E”. E o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) todos os anos adere à campanha com vistas a sensibilizar seus funcionários, pacientes e acompanhantes sobre os cuidados a serem tomados para combater a doença.
Neste julho as ações dentro do hospital, voltadas para seus colaboradores e pacientes, começam nesta quarta-feira (17) e seguem até sexta-feira (19) e incluem testagem, orientação sobre as formas de contaminação, prevenção e a importância da vacina nos casos das hepatites A e B, que têm este recurso, além da realização de exames de elastografia.
A gastro hepatologista do HGRS, Lourianne Cavalcante explica que no Brasil, as maiores incidências são das hepatites B e C, com média de 15.000 casos /ano. Na Bahia, considerando as notificações, a maior incidência é da hepatite B, com cerca de 2.000 pessoas infectadas por ano, no entanto, a vacina gratuita oferecida pelo SUS impede a contaminação.
Em seguida, vem a hepatite C, cuja contaminação anual varia entre 1.200 a 1.500 caso por ano. Embora não tenha vacina, tem tratamento eficaz e gratuito, com chances de cura muito altas.
O que é a hepatite: A doença consiste numa inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool ou outras drogas, mas também por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.
Formas de contaminação:
Hepatite A
A transmissão ocorre pela via fecal-oral, água e alimentos contaminados.
Hepatite B
A forma de contaminação pode ocorrer através das relações sexuais desprotegidas, pelo sangue e outras secreções corporais contaminadas. E também por alguns objetos como: alicates de unha, agulhas, lâminas de barbear dentre outros.
Hepatite C
A transmissão ocorre, principalmente, por sangue, através do compartilhamento de objetos contaminados (agulhas, seringas, lâminas de barbear, escovas de dente, alicates de manicure).
Hepatite D
A transmissão ocorre de forma semelhante à da hepatite B, alem disso a mãe infectada também pode passar para o filho durante a gestação e parto, ou pela utilização de material infectado.
Hepatite E
A forma de transmissão se parece com hepatite A, via fecal oral, adquirindo também por ingestão de alimentos contaminados, como carne e porco.
