Celebrado nesta quinta-feira (28),o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais teve uma ação do Ministério da Saúde para marcar a data. O MS lançou, ontem, em Brasília/DF, a campanha nacional de prevenção e conscientização contra a doença e atualizou os dados na nova edição do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais de 2022.
As hepatites B e C são as principais causas de doença hepática crônica, cirrose hepática e carcinoma hepatocelular (câncer). Dessa forma, a carga de doenças resultante das hepatites virais representa uma questão importante para o Sistema Único de Saúde (SUS).
A maioria dos casos não apresenta sintomas até que a doença esteja em estágio mais avançado, o que pode levar décadas para acontecer. O SUS disponibiliza amplamente os testes rápidos para hepatite B, que, por meio de uma gota de sangue, conseguem identificar a presença da infecção. Ainda não há medicamentos capazes de curar a infecção pelo vírus da hepatite B, mas os fármacos atualmente disponíveis corroboram para o controle da carga viral e da evolução da doença.
Como prevenir hepatite B ou C
Não compartilhar com outras pessoas objetos perfurocortantes (seringas, agulhas, alicate de unha, agulhas etc.);
Não passar por procedimentos invasivos (hemodiálise, cirurgias, tratamentos dentais, confecção de tatuagem) sem os devidos cuidados de biossegurança;
Não compartilhar escovas de dentes ou lâminas de barbear/depilar, que são materiais de uso individual;
Ao colocar piercing, realizar tatuagem ou utilizar serviços como barbearias, manicures/pedicures e podólogos, certificar-se de que os materiais sejam descartáveis e sejam esterilizados adequadamente;
Usar camisinha nas relações sexuais, a fim de evitar a transmissão por via sexual e, no caso de gestação, evitar a transmissão da doença para o feto.
A hepatite C tem maior taxa de detecção em indivíduos acima dos 40 anos de idade, ou que apresentem fatores de risco, como:
Ter sido submetido a procedimento de hemodiálise;
Ter diabetes ou hipertensão;
Ter realizado procedimentos invasivos (estéticos ou cirúrgicos) sem os devidos cuidados de biossegurança;
Ter realizado transfusões sanguíneas antes de 1993;
Compartilhar objetos para o uso de drogas;
Estar privado de liberdade, dentre outros.
Vacinas disponíveis no SUS
A melhor estratégia de prevenção da hepatite A e B é a vacina – as doses estão disponíveis nas salas de vacinação de todo país. Elas são altamente eficazes, e devem ser realizadas com esquema completo para ter a máxima eficiência. Saiba o esquema recomendado pelo Calendário Nacional de Vacinação:
CRIANÇAS
Hepatite B recombinante: 1 dose ao nascer
DTP + Hib + HB (penta – entre outras doenças, protege contra a Hepatite B) / 3 doses recomendadas: 1ª aos 2 meses; 2ª aos 4 meses; 3ª aos 6 meses
Hepatite A (HA): 1 dose recomendada aos 15 meses
ADOLESCENTES, ADULTOS E GESTANTES
Hepatite B: 3 doses recomendadas (iniciar ou completar o esquema de acordo com a situação vacinal). Intervalo recomendado: 2ª dose deve ser aplicada 1 mês após a 1ª dose e a 3ª dose deve ser aplicada 6 meses após a 1ª dose.
A promoção do diagnóstico é uma das estratégias de prevenção para evitar a transmissão da infecção, neste sentido, é importante intensificar o diagnóstico de todas as pessoas acima de 20 anos, assim como no caso de teste negativo para hepatite B, realizar a vacinação. As vacinas seguem disponíveis no SUS para atualização da carteirinha mesmo na vida adulta.
Não existe vacina contra a hepatite C, mas existe tratamento e cura. Os medicamentos disponibilizados no SUS conferem a cura em mais de 95% dos casos, com tratamentos que duram, em média, 12 semanas e estão disponíveis para qualquer pessoa com a infecção pelo vírus.
Ministério da Saúde