O grupo militante palestino Hamas concordou nesta segunda-feira (6) com uma proposta de cessar-fogo na guerra de sete meses contra Israel em Gaza, horas depois que os militares israelenses disseram aos moradores para deixarem algumas partes de Rafah, que tem abrigado mais de um milhão de pessoas deslocadas.
O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, disse ao primeiro-ministro do Catar, Mohammad bin Abdulrahman Al Thani, e ao chefe da inteligência egípcia, Abbas Kamel, que o grupo aceita seus termos para um cessar-fogo com Israel, de acordo com um anúncio oficial do Hamas. Os termos não foram divulgados. Israel comunicou que não aceita qualquer proposta “suavizada” que não inclua a libertação dos reféns em poder dos extremistas desde outubro de 2023.
A proposta que teria sido feita unilateralmente pelo Egito não estaria sendo levada a sério em Jerusalém sem que os detalhes sejam esclarecidos.
O gabinete de Binyamin Netanyahu, por outro lado, disse que o plano para trégua está longes das suas exigências, mas que vai manter as negociações.
Enquanto isso, o Exército israelense ataca Rafah, no sul da Faixa de Gaza, horas depois de ordenar que cerca de 100 mil palestinos se deslocassem da cidade.