O glaucoma é uma doença assintomática, não apresenta dor, mas com o passar dos anos o nervo óptico, que é responsável por levar a imagem até o cérebro vai se degenerando, destruindo as fibras do nervo óptico, fazendo assim com que se desenvolvam pontos cegos no campo visual. Às vezes as áreas cegas só são percebidas depois do nervo óptico ter sofrido danos irreversíveis. A destruição total do nervo leva à cegueira. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a doença atinge 900 mil brasileiros, e responsável por 10% dos casos de cerqueiras.
Ainda não há um veredito sobre o porquê do glaucoma, os especialistas associam aos sintomas mais frequente da doença, que é o aumento da pressão intra-ocular. O olho produz continuamente um líquido transparente chamado humor aquoso. O humor aquoso é importante na nutrição e manutenção dos tecidos oculares. Uma vez formado, este líquido circula pelos tecidos intra-oculares e sai do olho através de canais de drenagem. Se a área de drenagem for obstruída, a pressão do fluido dentro do olho aumenta.
O Glaucoma pode ser:
congênito: presente no nascimento, os recém-nascidos apresentam globos oculares aumentados e córneas embaçadas. O tratamento é cirúrgico;
secundário: ocorre após cirurgia ocular, catarata avançada, uveítes, diabetes, traumas ou uso de corticoides;
crônico: costuma atingir pessoas acima de 35 anos de idade. Uma das causas pode ser obstrução do escoamento de um líquido que existe dentro do olho chamado humor aquoso. No glaucoma crônico, os sintomas costumam aparecer em fase avançada, isto é, o paciente não nota a perda de visão até vivenciar a “visão tubular”, que ocorre quando há grande perda do campo visual (perda irreversível).
Se a doença não for tratada, pode levar à cegueira. Por isso o exame oftalmológico anual, preventivo, é fundamental para detecção e tratamento precoce. Em geral o tratamento é realizado por meio de colírios, entretanto, caso o tratamento clínico não apresente resultados satisfatórios a cirurgia torna-se uma opção.
Glaucoma:doença degenerativa que poder ser controlada- foi tema do programa Saúde no Ar- desta segunda-feira (21). Patrícia Tosta conversaou com o oftalmologista, Vespasiano Santos.
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Redação Saúde no Ar
Fonte:Internet