Depois de sofrer durante vários anos por ter vitiligo, doença cutânea que causa a perda gradativa da pigmentação da pele, geralmente com o surgimento de manchas em todo o corpo, a jovem britânica Tiffany Posteraro, de 24 anos, cansou.
— Eu fui chamado de “vaca”, “dálmata”, “rosto fantasma”. Os meninos diziam que não saíriam comigo por causa disso. Até que resolvi me aceitar como sou , diz ela que tomou uma atitude radical: tatuou no braço a frase: “ Isto se chama vitiligo”.
A partir daí, as brincadeiras grosseiras e os olhares suspeitoso pararam.
— Agora, as pessoas me falam “eu amo a sua tatuagem’. Eles fazem perguntas sobre a condição e e sabem que eu não fui queimada em um incêndio. Eles sabem que há um termo para o que eu tenho. É muito libertador. Para mim, isso torna muito mais fácil de lidar com os olhares curiosos.
No Canadá aconteceu um caso parecido, com final igualmente feliz. Chantelle Brown-Young,19 anos (foto) , uma jovem canadense portadora de vitiligo, transformou-se em modelo e está na próxima temporada da série “America’s Next Top Model” na TV americana.Chantelle teve a doença diagnosticada aos 4 anos e, desde então, sofreu muito bullying na escola, ganhando apelidos como “zebra” e “vaca” por causa das manchas brancas na pele.
Atualmente ela se define nas redes sociais como uma modelo porta-voz das pessoas que têm vitiligo. Recentemente, ela foi convidada para ir a sua antiga escola para fazer uma apresentação motivacional.
O preconceito é gerado pela ignorância. Qualquer coisa que fuja aos padrões desperta a desconfiança das pessoas desinformadas. O vitiligo atinge pessoas com vários tipos de pele, mas costuma ser mais perceptível em pessoas com pele mais escura. Tiffany, por exemplo, tem a pele branca. A condição não é contagiosa e nem representa um risco para a vida de quem a possui.
A.V.