O Laboratório Merieux do estado do Acre e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinaram, na sede da fundação no Rio de Janeiro, um termo de cooperação científica que visa avançar nas pesquisas e desenvolvimento de tratamento de doenças que acomete os brasileiros, sobretudo os moradores da região Norte do país.
O acordo de cooperação destaca um laboratório de Biologia Molecular dos mais modernos do mundo, construído pela Fundação Merieux (Lyon, França) e doado ao estado do Acre. “Este importante equipamento representa uma oportunidade ímpar para gerar conhecimento acerca da Hepatite B e D na Amazônia. Uma oportunidade também de retirarmos a hepatite Delta do rol das doenças negligenciadas deste país”, comemora a diretoria da Fundação Merieux.
Segundo a nota divulgada pela organização, “o apoio da Fiocruz, através da expertise dos seus laboratórios do Rio e de Rondônia, agregarão imenso valor qualitativo e quantitativo na geração e democratização de conhecimento nas doenças que vitimam populações mais vulneráveis na Amazônia”.
Dessa forma, a parceria colocou os estados do Acre e de Rondônia como pioneiros em um novo teste de laboratório para comprovar a quantidade do vírus da hepatite delta (HDV) presente no paciente infectado. Bem como, ajudar os médicos a monitorarem o quadro clínico desses doentes. Os exame de carga viral foram desenvolvido pela Fiocruz Rondônia e testado no Centro de Infectologia Charles Merieux & Laboratório Rodolphe Mérieux (CICM/LRM) da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre).
O exame de carga viral para esta doença não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Embora desenvolvido inicialmente para fins de pesquisa, este exame poderá servir futuramente para a aplicação em laboratórios públicos de todo o país.
Foto: Divulgação | Fundação Merieux