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| O Memorial da América Latina, em São Paulo, recebe dois eventos para marcar esta data importante para a causa animal: uma exposição sobre a triste realidade da exportação de bovinos vivos e um ciclo de debates nos dias 14 e 15 de junho | |
| O dia 14 de junho é relembrado anualmente por ONGs, movimentos, coletivos e ativistas de todo o planeta como uma data de mobilização pelo fim da prática cruel de exportação de animais vivos. Para marcar a data, o Fórum Animal vai realizar duas ações na cidade de São Paulo: uma exposição fotográfica que irá mostrar a triste realidade da exportação de bovinos vivos saindo do Brasil e um ciclo de debates de dois dias sobre o tema. | |
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| Os eventos são gratuitos e acontecem na Biblioteca Latino-Americana Victor Civita, no Memorial da América Latina. O Memorial está localizado na região da Barra Funda (zona oeste de São Paulo). >> Saiba mais sobre os eventos A exposição acontece entre os dias 14 e 29 de junho. Ela poderá ser visitada de segunda a sexta, das 10h às 17h, e aos sábados das 10h às 15h. Lembre-se: este é o horário oficial de funcionamento da biblioteca, mas o Memorial pode fazer alterações. Já para as mesas de debate, especialistas no ativismo e na pesquisa pelo fim do transporte de gado vivo no Brasil irão fazer uma ampla discussão sobre o tema. Veja abaixo a programação dos debates: • 14 de junho, das 18h às 20h30: Tema: “Consequências da exportação de gado vivo no Brasil e no mundo”. • 15 de junho, das 16h às 18h30: Tema: “Ações para o fim da exportação de gado vivo no Brasil”. | |
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| Sobre a exportação de animais Como funciona a exportação de animais vivos? As empresas que realizam esta atividade cruel contam com grandes navios, quase sempre sucateados, onde dezenas de milhares de animais são alocados para serem enviados a países onde futuramente irão morrer. No caso do Brasil, a exportação quase sempre envolve bovinos. Alguns países do Oriente Médio, como o Iraque, compram estes animais de empresas brasileiras, com o objetivo de abatê-los para consumo halal (prática que segue as regras muçulmanas, em que o animal deve ser degolado vivo). A diretora técnica do Fórum Animal, Vânia Nunes, alerta para a necessidade de combater essa exportação, por se tratar de uma atividade cruel e que coloca os animais em situação degradante, quase sempre causando ferimentos e mortes durante a viagem. “O mais comum é que os animais sejam transportados em grandes embarcações por semanas e até meses, cruzando os mares, em locais superlotados, sem espaço, com condições precárias de higiene e cuidado veterinário”, diz a diretora. | |
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| “Navio da Morte” Um exemplo dessa prática terrível com os animais ocorreu com o navio “Al Kuwait”, embarcação que saiu de um porto no Rio Grande do Sul em fevereiro deste ano, carregando 19 mil animais. O navio fez uma parada na cidade do Cabo, na África do Sul, para reabastecer. Apelidado de “navio da morte” por ativistas e pela imprensa, o “Al Kuwait” foi inspecionado por uma ONG sul-africana de proteção animal após uma decisão judicial. A organização relatou ter encontrado animais mortos, doentes e machucados, alguns dos quais tiveram que ser submetidos à eutanásia. “As cenas no navio eram repugnantes, com um acúmulo extremo de fezes e urina, e os animais não tinham outra opção a não ser descansar em baias com seus próprios excrementos”, afirmou o Conselho Nacional de Sociedades para a Prevenção da Crueldade contra Animais (NSPCA, na sigla em inglês), em relato à imprensa. “É urgente a necessidade da proibição da exportação de animais vivos, uma vez que essa é uma atividade comprovadamente cruel, que tem grande reprovação social”, pondera Luiz Rezende, gerente do Fórum Animal responsável pelas ações. Sobre a entidade: O Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal (Fórum Animal) é uma organização fundada há 23 anos visando reunir ativistas e fortalecer ações para a proteção de todas as espécies animais. Construiu uma rede de apoio a outras ONGs por todo o país, com mais de 100 organizações afiliadas que atuam pela defesa do meio ambiente e a proteção animal, prestando apoio técnico e lutando pelo reconhecimento da senciência e dignidade animal. É formada por uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos-veterinários, pesquisadores, especialistas em marketing, comunicação, gestão de projetos, advogados e biólogos. Com a missão de proteger os animais em todo o país, sem distinção de espécie, trabalhando para que eles sejam respeitados como seres sencientes, e lutando para reconhecer a dignidade animal. |