Nesta terça-feira (23) a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicou carta preparada aos candidatos à Presidência da República e à sociedade. O documento intitulado, Desenvolvimento Sustentável com Equidade, Saúde e Democracia, teve elaboração com o objetivo de contribuir com o debate eleitoral “a partir de dez diretrizes que sintetizam um conjunto de propostas para campos diretamente relacionados à saúde dos brasileiros e ao desenvolvimento do país”.
Segundo a Fundação carta, encaminhada aos coordenadores de campanhas de todos os candidatos à Presidência da República. Tendo entre as propostas o alerta para a necessidade de aumento progressivo do investimento público em saúde para chegar a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos oito anos. Bem como a 2% do PIB em ciência, tecnologia e inovação em quatro anos. Atualmente, 4% do PIB investidos na saúde e 1% vai para ciência, tecnologia e inovação.
Além disso, o documento defende a revogação da Emenda à Constituição 95, a PEC do Teto de Gastos Públicos, “e das regras fiscais que restringem o bem-estar, a ciência e a educação”.
De acordo com a Fiocruz, a carta ainda pede a eliminação da fome e da pobreza extrema e um aumento nos investimentos nas bases tecnológica e industrial da saúde no país. Como forma de superar a vulnerabilidade econômica do Sistema Único de Saúde (SUS) e reduzir a dependência externa.
Dessa forma, segunda a Fiocruz, a carta “é resultado de debate e contribuição do Conselho Deliberativo da instituição e soma-se ao momento democrático de buscar saídas para o país na construção de políticas públicas, a partir do conhecimento acumulado na instituição”.