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Fiocruz: Pesquisadores criam projeto para prever novas epidemias

Com o estalo da pandemia do novo coronavírus; pesquisadores de diversos lugares do mundo buscam formas de tratamento para a doença. Pensando no que possa ainda surgir; pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) estudam alguns dos animais silvestres mais caçados no Brasil; dessa forma, a pesquisa tem o objetivo de tentar prever novos surtos e epidemias, a partir de patógenos presentes neles.

De acordo eles, o estudo já identificou mais de 160 organismos como vermes e bactérias presentes em cerca de 60 espécies de animais silvestres.  Além disso, a pesquisa revelou que cerca de 158 identificados como agentes causadores da febre maculosa; bem como leptospirose, raiva e leishmaniose. Contudo, ainda pelo menos 10 patógenos detectados causadores da febre hemorrágica, uma complicação grave que surge em infecções por vírus, como a febre amarela.

O projeto, que faz parte da iniciativa SinBiose/CNPQ (Centro de Síntese em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos); além disso, os estudiosos ressaltam que a pesquisa tenta estimar o risco de epidemias e surtos nos estados brasileiros.  Segundo os envolvidos no estudo das 27 unidades federativas, sete estão em alto risco, 12  classificadas como médio risco e outros seis estados em baixo risco. Na análise foram consideradas características ambientais, sociais, econômicas e de infraestrutura.

“A pandemia atual é um exemplo disso, já que diversos tipos de coronavírus já circulavam nos ecossistemas silvestres no mundo inteiro. Provavelmente, o SARS-CoV-2 passou a ter contato com os humanos, seja através da caça de morcegos, de um hospedeiro intermediário ou do mercado de animais vivos, e, em algum momento, desenvolveu uma mutação que permitiu que os humanos fossem contaminados”, explica Cecilia Andreazzi.

Ainda assim, a transmissão de doenças pelos animais pode ocorrer de diversas vias. Dessa forma, o estudo informa que é observado, em geral, as espécies caçadas. No consumo nacional, alguns animais silvestres apresentam maior preferência dos brasileiros, como pacas, tatus, capivaras e gambás. Em todos eles já foram detectados algum tipo de patógeno.

 

 

 

 

 

 

 

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