Fiocruz publicou o 2° Boletim Socioepidemiológico Covid-19 nas Favelas; a publicação mostra como é baixa as testagem para Covid-19 no município do Rio de Janeiro. Bem como a maior frequência de casos da doença é registrada nos bairros que não possuem favelas e de baixa concentração destas. O estudo analisou os dados oficiais disponibilizados pela prefeitura de 22 de junho a 28 de setembro.
Além disso, a pesquisa observou um atraso expressivo nas notificações por Covid-19 no município do Rio de Janeiro. Isso levou os pesquisadores a questionarem como tem estão trabalho de vigilância epidemiológica do município; bem como das instituições de governo; no que se refere à publicação e acesso à informação em saúde.
De acordo com dados do Censo 2010, estima-se que 22% dos habitantes do município do Rio de Janeiro moram em áreas de favelas. Para entender a distribuição da Covid-19 na cidade; dessa forma construiu-se uma tipologia urbana, cuja classificação dividiu os bairros em cinco áreas: sem favelas, concentração baixa, concentração mediana, concentração alta e concentração altíssima
Dados da pesquisa
De acordo com a análise, os bairros com alta e altíssima concentração de favelas apresentaram no total 2.529 casos de Covid-19 (5% do total do município); e 111 óbitos (6% do total do município) pela doença.
Contudo; em julho e agosto, os bairros que apresentaram as maiores taxas de incidência foram Centro, Joá, Bonsucesso, Gávea; bem como Humaitá, São Cristóvão, Vista Alegre e Praça da Bandeira. Por outro lado; apesar da classificação com baixa concentração de favelas, os bairros da zona Oeste, em especial Campo Grande, Bangu; bem como Realengo e Santa Cruz, concentraram a maior frequência de óbitos. As maiores taxas de letalidade estão observadas em Barra de Guaratiba (16,67%), Senador Camará (12,05%), Vila Militar (11,11%), Cosmos (11,03%) e Santíssimo (10,7%).