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Fiocruz detecta covid 19 em esgotos

Uma pesquisa feita pela Fiocruz em parceria com a prefeitura de Niterói detectou o novo coronavírus em esgotos. A cidade foi escolhida para a pesquisa porque possui 95% de cobertura de esgoto, e isso é raro em cidades do Brasil. Isso permite que haja menos poluição nos esgotos, o que facilita o trabalho dos pesquisadores.

A pesquisadora esclarece que não há até o momento evidências científicas de que o vírus, após ser “excretado nas fezes”, ainda possa infectar outras pessoas. Por enquanto, a via de transmissão confirmada é a respiratória.

As coletas estão sendo feitas em 12 pontos distribuídos por Niterói e são feitas pelo Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), em parceria com a concessionária Águas de Niteroi.
Entre os locais de coleta está inclúido estações de tratamento de esgotos, pontos de descarte de efluente hospitalar e rede coletora de esgotos.
A análise, por sua vez, é liderada pelo Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental, em colaboração com o Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo, ambos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e foram iniciadas em 15 de abril.

o estudo não é suficiente para indicar se o vírus pode ou não ser transmitido pelas fezes, mas ajuda, no entanto, a dar uma noção de como ele pode se espalhar, “permitindo identificar regiões com presença de casos da doença, mesmo os ainda não notificados no sistema de Saúde.”

“Este estudo confirma a importância da vigilância baseada em águas residuárias como uma abordagem promissora para entender a ocorrência do vírus em uma determinada região geográfica”, aponta a virologista Marize Pereira Miagostovich, responsável pela pesquisa e chefe do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental da Fiocruz

os pesquisadores já conseguiram identificar a presença do vírus em cinco desses pontos.

Segundo os pesquisadores, investigar a presença do coronavírus no esgoto pode ser uma forma de melhorar o entendimento de sua circulação em uma determinada área, já que o vírus também terá sido excretado nas fezes de pessoas assintomáticas. A partir disso, as autoridades podem otimizar os recursos disponíveis e fortalecer medidas de prevenção de forma localizada.

Apesar de a presença no vírus nas fezes de pessoas infectadas já ter sido confirmada, não há evidências científicas de que o vírus excretado ainda é capaz de infectar outras pessoas, já que a transmissão do coronavírus é principalmente respiratória.

 

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