A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), emitiu comunicado sobre as fake news relacionadas as vacinas. De acordo com a instituição, as fake news sobre o tema, fazem parte do discurso antivacina.
Os enredos são desconcertantes. Nos Estados Unidos, uma adolescente de 14 anos – virgem, frisa a mensagem – teria engravidado após ser vacinada contra a gripe. De acordo com a Fiocruz, são varias versões da mesma história circulam pela internet. Contudo, nesse caso, a culpa pela gravidez é atribuída à vacina contra o HPV. Com variações, narrativas falsas e sem nenhuma comprovação científica.
Além disso, um estudo que investigou as postagens sobre vacina com maior engajamento nas redes sociais mostra a predominância de vozes favoráveis aos imunizantes. Simultaneamente, os resultados apontam que há majoritariamente uma disposição pró-vacina (87,6%).
As fake news representaram 13,5% dos links com maior engajamento, o que, segundo os pesquisadores, é um dado preocupante relativo à desinformação sobre as vacinas. “As fake news em saúde são, atualmente, um problema extremamente grave, pois prestam um desserviço à população”. Segundo a pesquisadora Luisa Massarani, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), uma das autoras do estudo.
Da mesma forma, publicados em agosto na revista Cadernos de Saúde Pública, os resultados foram obtidos a partir da análise dos links mais compartilhados, curtidos e comentados no Facebook, Twitter, Pinterest e Reddit no intervalo de um ano a partir de maio de 2018.
“O movimento antivacina pode estar atuando prioritariamente em grupos fechados no Facebook e no WhatsApp, e não em espaços públicos do Twitter e do Facebook. Nesse sentido, é necessário direcionar novas pesquisas que levem em consideração esses outros espaços midiáticos”, pondera Massarani, que conduziu o estudo ao lado de Tatiane Leal e Igor Waltz. Os três pesquisadores fazem parte do Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT).
A briga pela verdade
Outra evidência da circulação de notícias falsas nas redes sociais, aponta a pesquisa, é a consequente presença de conteúdos de fact checking, que desmentem informações equivocadas. A análise identificou sete matérias com esse perfil, publicadas por órgãos de imprensa, sites especializados em checagem de fatos, além de uma página institucional e outra de comentário político.
De acordo com os autores do estudo, essa constatação mostra que a preocupação com a veracidade e a correção das informações também é um fator de engajamento nas redes sociais.
Conteúdos jornalísticos também fez parte do estudo, ão do estudo. Os links analisados indicaram a presença de um total 63 veículos na web, dos quais 45 foram classificados como “profissionais”, isto é, aqueles que possuem uma política editorial clara e identificável, dentre outras características. Desses, mais da metade eram órgãos de imprensa. Apenas três links coletados apontavam para sites de instituições acadêmico-científicas: um da área médica e dois educacionais.
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