Ravi diagnosticado com complicações respiratórias está na emergência do Hospital Barão de Lucena em UTI ‘improvisada’, sem acesso venoso; segundo a mãe dele. Obebê de 1 mês aguarda leito de UTI há dias e mãe faz apelo por cirurgião para fazer acesso
Há em Pernambuco, uma grande lista de espera por um leito de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Algumas famílias passam dias na esperança de conseguir uma vaga. Até a sexta-feira (20), eram mais de 100 menores nessa situação.
De acordo com a pedagoga Gicely Van Egmond Silva, mãe de Ravi, disse em entrevista que está aguardando um leito de UTI para o filho, diagnosticado com problemas respiratórios.
Ravi está no Hospital Barão de Lucena, que fica no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste da capital, e é referência em pediatria. Ainda segundo a mãe dele, desde o sábado (21) não havia cirurgião no local para fazer o acesso venoso central para que o bebê pudesse receber os medicamentos necessários.
“Nós estamos com urgência de um médico plantonista cirurgião pediatra para que ele possa fazer acesso venoso nas crianças. Muitas crianças, por serem bebês, não conseguem o acesso e não estão tomando a medicação, correndo risco de vida”, disse Gicely.
Nascido em 14 de abril, Ravi deu entrada na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Caxangá, na Zona Oeste do Recife, na segunda-feira (16), mas precisou de transferência para o Hospital Barão de Lucena.
“Ele teve pneumonia e transferiram ele de emergência nessa promessa de que ele viria para uma UTI aqui no Barão de Lucena, mas não tinha vaga”, disse Gicely.
Assim, desde então, a mãe e o bebê estão na emergência pediátrica da unidade. No sábado (21), a família acionou o Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Contudo, até as 8h20 desta segunda-feira (23); Ravi ainda não tinha sido atendido por um cirurgião para que fosse feito o acesso venoso, segundo a família. Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) explicou que o cirurgião pediátrico que iria no domingo (22) teve um problema de saúde e desfalcou a escala de plantão da unidade.
Quanto às outras crianças, a direção do Hospital Barão de Lucena ressaltou que todas são assistidas pela equipe multiprofissional e recebem atendimento médico. “A unidade continua a operar com sua capacidade total e esclarece, ainda, que não recusa nenhum paciente”, apontou.
Fonte: G1