A fisioterapeuta clínica Dra. Walkyria Fernandes explica que a atividade física é essencial para quem sofre com a doença, que afeta 3% da população, com incidência maior entre mulheres de 30 a 50 anos
Muita dor e fraqueza muscular generalizada. Esses são alguns dos sintomas que as pessoas que sofrem com a fibromialgia relatam. A doença, que é uma síndrome reumática também pode ser acompanhada por fadiga e alterações no sono, na memória e no humor. Além disso, o aumento de distúrbios digestivos também costumam ocorrer em quem tem fibromialgia. As dores provocadas pela doença chegam a ser tão incapacitantes, que o paciente não consegue fazer qualquer atividade. A cantora Lady Gaga, por exemplo, já declarou que sofre com a enfermidade, que já a impediu de apresentar em grandes shows com o Rock In Rio. Aqui no Brasil, recentemente Ellen Cardoso, mais conhecida como Moranguinho, que participa da edição 2022 do reality A Fazenda, confessou estar sentindo muitas dores por conta da fibromialgia. Segundo a fisioterapeuta clínica Walkyria Fernandes, os exercícios aeróbicos são essenciais para controle da dor para quem sofre com a doença.
Walkyria Fernandes explica que a fisioterapia não deve ser somente um meio de alívio da dor, mas também de restauração da função e de estilos de vida funcionais do paciente, promovendo o bem-estar e a qualidade de vida para quem tem fibromialgia. “Existem dois tipos de abordagem: ativa, que são os exercícios aeróbicos e de fortalecimento e a passiva, que são as técnicas de terapia manual que o fisioterapeuta utiliza, principalmente, para pacientes em crise”, orienta a especialista. A fisioterapeuta relembra que a própria Lady Gaga viralizou nas redes sociais por fazer sessões de crioterapia antes dos shows. A técnica consiste em ficar imerso em uma banheira com gelo. O gelo possui efeito vasoconstritor e analgésico, o que contribui para diminuir dores musculares. Segundo Walkyria, qualquer tratamento para fibromialgia deve ter orientação de um profissional habilitado.
Os pacientes com fibromialgia, geralmente, são intolerantes à atividade física e tendem a ser mais sedentários. Mas, segundo a fisioterapeuta, o exercício aeróbico é um componente importante do tratamento. “Os exercícios ideais para quem sofre dessa síndrome são: natação, hidroginástica, caminhada, corrida, bicicleta, etc. É preciso aumentar a frequência cardíaca e a frequência respiratória. A prática diária, de 30 a 40 minutos, é o mais indicado. Claro que aquele paciente em crise, precisa fazer os exercícios de forma leve. A carga moderada é para quem está fora da crise. Com foco na atividade física, em oito semanas o paciente começa a experimentar uma menor intensidade nas dores”, diz Walkyria.
Segundo a fisioterapeuta, há pacientes que fazem uso de medicação contínua e outros apenas quando estão em crise, isso pode variar de acordo as orientações do reumatologista que acompanha o paciente. Além disso, Walkyria Fernandes informa que há outras intervenções que podem aliviar as dores. “Além das técnicas manuais, há técnicas de respiração para modular o sistema nervoso autônomo, que precisa ser reequilibrado”, finaliza a fisioterapeuta clínica.
Sobre Walkyria Fernandes:
Walkyria Fernandes é graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Paraná) há 18 anos. Tem especialização em ortopedia e traumatologia desportiva, pela Faculdade Evangélica do Paraná. Além disso, conta com uma especialização em osteopatia pela Escuela de Osteopatía de Madrid (EOM) e D.O. reconhecido pela Scientific European Federation of Osteopaths (SEFO). É mestre em Tecnologia em Saúde, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC), e fez doutorado sanduíche — parte na UniNove, em São Paulo e parte na Universidade de Sevilla, na Espanha. Ela, também, é ex-atleta, vice-campeã mundial de Karatê.
A fisioterapeuta clínica ainda é idealizadora do método “Raciocínio Clínico Avançado — RCA 360”, curso on-line que já conta com mais de 5 mil alunos no Brasil e em nove países. Já foi proprietária de uma grande clínica de fisioterapia no estado do Mato Grosso, onde também atuou durante 7 anos como professora de anatomia, na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMT), no curso de Medicina.
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