Atualmente, com o avanço dos estudos e pesquisas, as evidências comprovam que a fibromialgia é doença física, sim. Não se trata de uma síndrome invisível. Há trabalhos científicos mostrando que o portador apresenta alterações na anatomia cerebral. Um desses estudos apresentado no fim do ano passado, na França, mostrou que graças a um exame por imagem chamado Spect (tomografia computadorizada por emissão de fóton), os médicos do Centro Hospitalar Universitário de La Timone, em Marselha, constataram que no cérebro de 20 mulheres com esse tipo de hipersensibilidade havia um fluxo maior de sangue em regiões que identificam a dor.
No passado, pessoas que apresentavam dor generalizada e uma série de queixas mal definidas não eram levadas muito a sério. Por vezes problemas emocionais eram considerados como fator determinante desse quadro ou então um diagnóstico nebuloso de “fibrosite” era estabelecido. Isso porque acreditava-se que houvesse o envolvimento de um processo inflamatório muscular, daí a terminação “ite”.
Atualmente sabe-se que a fibromialgia é uma forma de reumatismo associada à sensibilidade do indivíduo frente a um estímulo doloroso. Vários fatores que estão frequentemente associados a esta síndrome e podem ser identificados como:
Genética: fibromialgia é muito recorrente em pessoas da mesma família, o que pode ser um indicador de que existem algumas mutações genéticas capazes de causar a síndrome.
Infecções por vírus e doenças autoimunes também podem estar envolvidas nas causas da fibromialgia.
Distúrbios do sono, sedentarismo, ansiedade e depressão também podem estar ligados de alguma forma à síndrome.
Para falar desta manifestação, o neurologista Antonio Andrade, chefe da Residência do Hospital das Clínicas, será entrevistado pela apresentadora Patrícia Tosta. O programa vai ao ar na nossa Rádio Web, no site www.portalsaudenoar.com.br e na Rádio Excelsior (AM 840). Os interessados poderão fazer perguntas através do telefone 3328.7666 ou do Waht’s App 9681.3998.