Adequadores posturais para crianças com microcefalia podem ser criados a partir de caixas de papelão, colher de pau, cola, furadeira, fita adesiva e tinta. A ideia é da fisioterapeuta Dafne Herrero, que mostrou soluções de baixo custo em cerca de duas horas durante a 1ª Feira de Soluções para a Saúde, que segue até hoje (10) no Senai/Cimatec, em Salvador.
A oficina reuniu fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, dentre outros profissionais de Salvador e de outros estados que aprenderam a construir as cadeirinhas e vão replicar os conhecimentos nos seus locais de trabalho. Durante os três dias do evento, pesquisadores, educadores, profissionais da área, pais e familiares de pacientes estão reunidos em um único lugar para participarem de palestras e oficinas com o objetivo de discutir ações voltadas para o combate, prevenção, diagnóstico e tratamento da Zika, Dengue e Chikungunya.
A pesquisadora Dafne Herrero explica que o envolvimento dos pais nesses momentos é fundamental, pois eles têm a oportunidade de opinar, de dizer o que se adequa à realidade da família. "Existem muitas famílias que dizem que um tipo de suporte não é funcional, pois a casa é pequena. Ou ainda tem situações em que os pais dizem que as bordas, por exemplo, devem ser arredondadas, pois os irmãos, os primos pequenos brincam com as crianças e podem se machucar. Então isso é uma troca, uma construção conjunta".
Outros acessórios de baixo custo vieram do Instituto Fernandes Figueira (IFF), da FioCruz, no Rio de Janeiro. A equipe trouxe estimuladores feitos com garrafinha pet, a exemplo dos chocalhos; caixas de papelão com fitas bem coloridas, para chamar à atenção das crianças; uma bacia revestida para colocar as crianças na hora de brincar, dentre outros. A pediatra Maria Elizabeth Moreira explicou que, quando chegou a microcefalia, as crianças foram encaminhadas para o instituo e eles começaram a pesquisar soluções de baixo custo e também de fácil manuseio para orientar as famílias a estimularem seus filhos, "e esses acessórios dão resultados positivos", conclui ela.
Fonte: Ascom Sesab
Foto: Ascom Sesab
Redação Saúde no Ar