Febre amarela:vacina é obrigatória para o Rio

 

Conhecer o Rio de Janeiro exige agora um item a mais: Vacinação contra a febre amarela. A partir de agora o estado faz parte da Área com Recomendação de Vacinação Permanente para a doença.  Assim, quem mora ou viaja ao Rio de Janeiro deve ser vacinado. A medida foi adotada devido aos casos de epizootias (adoecimento e morte de macacos) registrados na região, considerada área de alta densidade populacional com aumento de casos de febre amarela. O Ministério da Saúde recomenda a imunização para pessoas na faixa etária de seis meses a 59 anos de idade, que nunca tenham tomado alguma dose da vacina.

“A febre amarela no Brasil é endêmica, acontece constantemente. Se nós não controlarmos e estivermos com cobertura vacinal alta na população, teremos novos problemas. Por isso o Governo Federal decide incluir o Rio entre os estados que receberão permanentemente doses da vacina de febre amarela para garantir a cobertura vacinal elevada e evitar novos episódios de epidemia”, ressaltou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

A vacina de febre amarela é a medida mais importante para prevenção e controle da doença e apresenta eficácia de 95% a 99%, além de ser reconhecidamente eficaz e segura. Entretanto, assim como qualquer vacina ou medicamento, pode causar eventos adversos como febre, dor local, dor de cabeça, dor no corpo. Ela é contraindicada para crianças menores de seis meses, idosos acima dos 60 anos, gestantes, mulheres amamentando, pacientes em tratamento de câncer e pessoas imunodeprimidas. Pessoas com reação alérgica a ovo devem ser avaliadas por um médico.

 O Rio de Janeiro deve receber, ainda este mês 1,5 milhão de doses da vacina e a cada mês, serão repassadas mais 500 mil doses até imunizar toda a população. As Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde ficam responsáveis por organizar o fluxo de vacinação. Neste ano, já foram enviadas 6,9 milhões de vacinas para o Rio de Janeiro. Em todo país, foram distribuídas 26,9 milhões de doses extras para intensificar a vacinação e garantir a proteção da população durante o surto que acometeu, principalmente, nos estados da região Sudeste.

O alerta continua apesar da atual condição climática, contribuir para a redução do número de casos de febre amarela. Esse de acordo com a Secretaria de Saúde local, é o melhor momento para se vacinar, pois época de menor risco, pede ação efetiva de prevenção dando maior cobertura ao próximo ano.

Desde abril deste ano, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Atualmente, nenhum país do mundo utiliza mais o esquema de duas doses. Isso significa que quem já foi vacinado, em qualquer momento da vida não precisa de dose de reforço.

Além do Rio de Janeiro, a vacinação de rotina para febre amarela é ofertada em outros 19 estados (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Maranhão, Piauí, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina). Além das áreas com recomendação, neste momento, também está sendo vacinada, de forma escalonada, a população do Espírito Santo.

SITUAÇÃO ATUAL:  no momento, os casos da febre amarela no país estão estáveis. Isso porque o inverno é considerado período de baixa sazonalidade, já que a população de mosquitos diminui consideravelmente. De janeiro até agora foram confirmados 797 casos da doença, com 275 mortes. Ao todo, foram notificados 3.245 casos, sendo que 1.929 já foram descartados e outros 519 permanecem em investigação. Outros 37 óbitos ainda são investigados e 124 foram descartados, do total de 436 notificações. O Rio de Janeiro confirmou 22 casos e oito óbitos. No momento, nove casos continuam sendo investigados e 56 já foram descartados. Ao todo, desde o início do ano, foram disponibilizados R$ 66,7 milhões às cidades afetadas pela febre amarela no país.

Redação Saúde no ar

Fonte: Agência Saúde – MS

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