Febre amarela: Bahia não registra caso da doença

Texto: Linda Gomes

No Brasil, desde 1942, não ocorria transmissão da febre amarela em cidades, mas a possibilidade da transmissão em áreas urbanas reapareceu desde a reintrodução do Aëdes aegypti no país. Os casos suspeitos e confirmados de pessoas com o vírus até a ultima sexta-feira (20), foi de 272, em Minas Gerais, sendo 47 confirmados e 25 óbitos.

Além desses casos confirmados, outros 71 óbitos e 154 casos suspeitos são investigados pelo Ministério da Saúde. Mesmo com mortes confirmadas o país não considera que haja uma epidemia da doença, e justifica que o vírus não se espalhou para outras regiões.

Mesmo sem notificação de casos em território baiano, a Sesab determinou que a população de 45 cidades fosse imunizada. Esses municípios ficam próximos da divisa do estado com Minas Gerais.

Além da vacinação da população dos municípios baianos que fazem limite com municípios mineiros, a Sesab solicitou ao Ministério da Saúde a ampliação da vacinação para cidades com elevada circulação de pessoas oriundas de Minas Gerais, devido ao aceso a toda região litorânea, sobretudo no verão, como é o caso de Teixeira de Freitas, onde recentemente foi notificado um caso da doença em uma pessoa residente em Teófilo Otoni (MG). As outras cidades do extremo sul com recomendação de imunização são: Alcobaça, Belmonte, Caravelas, Eunápolis, Guaratinga, Ibirapuã, Itabela, Itagimirim, Itamaraju, Itanhém, Itapebi, Jucuruçu, Lajedão, Medeiros Neto, Mucuri, Nova Viçosa, Porto Seguro, Prado, Santa Cruz de Cabrália e Vereda.

Foi ainda incluído na recomendação para o reforço vacinal o município de Vitória da Conquista, um importante eixo rodoviário ligado com o norte e nordeste do estado mineiro.

Sintomas-  Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A boa notícia é que a maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela.

Prevenção- A Organização Mundial da Saúde considera que apenas uma dose da vacina já é suficiente para a proteção por toda a vida. No entanto, como medida adicional de proteção, o Ministério da Saúde definiu a manutenção do esquema de duas doses da vacina Febre Amarela no Calendário Nacional, sendo uma dose aos noves meses de idade e um reforço aos quatro anos.

É importante informar que a vacina contra a febre amarela está sendo ofertada em todos os postos de saúde da Bahia gratuitamente por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

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