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Famílias de crianças com DM1 precisam de apoio

O apoio à família dos pacientes com Diabetes Mellitus DM1(Grupo Infanto Juvenil é essencial, como destacou nesta terça-feira (07.07) a líder do Serviço Infanto-Juvenil do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), a endocrinopediatra Lívia Leite, na sessão de atualização em diabetes que o Cedeba, por meio da Coordenação de Educação e Apoio à Rede (Codar), promove sempre na primeira terça-feira do mês.

Segundo a médica, o diagnóstico deixa a família muito angustiada. Mães passam a não conseguir dormir, temendo que a criança ou adolescente tenha hipoglicemia (queda do nível de glicose no sangue) durante o sono.

Para ela, é preciso que os pais saibam também que  ainda que o paciente use a mais avançada insulina, se ele não seguir o Plano Alimentar e não fizer atividade física, não terá o sucesso esperado no controle glicêmico. Ao apresentar o tema Manejo Clínico para o Diabetes Mellitus Tipo 1 (Grupo Infanto-Juvenil): uma proposta para as Unidades de Saúde da Família,a médica pontuou o papel que a Atenção Básica tem na identificação dos casos e no acompanhamento dos pacientes, além das ações de educação, embora  o paciente com DM1 seja atendido pela Rede Especializada.

Insulina para sempre

A partir do diagnóstico de DM1, o paciente terá que fazer uso diário da insulina. Trata-se de uma doença auto-imune que destrói as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Embora o DM1 seja mais frequente na faixa dos 10 aos 14 anos, pode atingir crianças de qualquer idade, inclusive bebês. A DMI representa 90% dos casos de diabetes na infância, embora os casos de diabetes tipo 2 venham aumentando na infância e na adolescência, em razão do crescimento da obesidade.

Ao dar essas explicações, Lívia Leite defendeu que “há necessidade de desmistificar o tratamento do DM1, pois atitudes simples podem ser feitas na unidade básica de saúde. A Atenção Básica – pontuou – com ações de educação pode contribuir para aumentar o controle dos pacientes, orientando as família quanto à aplicação e conservação da insulina, e também orientando sobre a alimentação saudável e adequada à realidade econômica e cultural do paciente.

Geralmente a identificação dos casos de DM1 acontece de forma abrupta com o paciente sendo internado num quadro de emergência. Mas há sinais que podem indicar a presença de DMI. A criança sente mais sede, urina mais, sente mais fome, mas perde peso. Pode também, segundo explicou a especialista, apresentar visão turva, fadiga, dor abdominal aguda e infecções fúngicas.

Diabetes Tipo 1

Graça Velanes, coordenadora da Codar, também ressaltou a importância da Atenção Básica para o Controle do DM1 , mas reconheceu que por exigir um manejo mais especial, os profissionais ainda se sentem temerosos. Mas- destacou – há necessidade de quebra deste paradigma o que deve acontecer com as clinicas de especialidades. Graça Velanes colocou muitos pontos para reflexão dos participantes da sessão, como a questão do auto-cuidado em diabetes, o que vem sendo feito na educação dos pacientes nos municípios: algum material lúdico? Algum jogo educativo? Também questionou sobre as ações desenvolvidas com a família.

As sessões de atualização em diabetes têm como público-alvo trabalhadores do SUS da Atenção Básica – da capital e interior, além de estudantes de nível superior da área de saúde. O crescimento da participação dos representantes da Atenção Básica de Salvador, nas sessões de atualização, foi ressaltado pela coordenadora da Codar.

Fonte: Ascom/ Cedeba
A.V.

 

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