Falsos aparelhos danificam os dentes

A recente mania de jovens baianos de usarem falsos aparelhos ortodônticos para ficar mais estiloso é reprovado pelo Conselho Regional de Odontologia da Bahia (Croba). Segundo o coordenador Ramsés Ventura para quem compra não há punição e sim para quem vende, pois isso se constitui em exercício ilegal da profissão sendo, portanto, um crime de acordo com o artigo 282 do Código Penal: “É exercício ilegal da profissão, com uma pena que pode levar de seis meses a dois anos de prisão. Mas quem compra não comete o crime, é apenas a vítima”, explica o coordenador em reportagem ao jornal Correio da Bahia.

Para coibir essa “moda”, o Croba intensificou as ações de fiscalização para reduzir esse tipo de procedimento que podem causar danos irreversíveis à saúde do paciente, conforme Ramsés.

Até pouco tempo atrás, a colocação de aparelhos era feita até na rua pelos ambulantes, mas atualmente a maior parte dos que praticam essa ação o fazem dentro de suas próprias casas para fugir à ação da polícia.

O problema é que a maior parte das pessoas que atuam no ramo praticam as ações delituosas em sua própria residência – o que dificulta o acesso das equipes de fiscalização e até da própria polícia.

O ano passado um homem que se passava por dentista em Itapuã foi preso. Esse homem, conforme Ventura, fazia esse tipo de atividade e foi preso em flagrante.

Cáries, perda óssea, queda de dentes, retração da gengiva e problemas de mastigação são alguns dos problemas causados pelo falso aparelho que podem provocar também doenças infectocontagiosas, “porque as pessoas não esterilizam o ambiente”, até a retenção de resíduos de alimentos. “Futuramente, com o acúmulo de bactérias, as pessoas podem ingerir as bactérias, que podem cair na corrente sanguínea e levar a uma doença chamada endocardide bacteriana, que leva à morte”, afirma Ramsés.

O Conselho alerta para que qualquer pessoa pode denunciar ao Croba alguém que estiver fazendo exercício ilegal da profissão de dentista (inclusive, anonimamente). Basta enviar um e-mail para fiscalizacao@croba.org.br ou ligar para 3114-2527.

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