Tem crescido vertiginosamente o número de pesquisas científicas envolvendo o consumo excessivo de carnes, sobretudo carnes vermelhas.
Nesses estudos, tem sido consenso entre os pesquisadores que comer carne todos os dias é demais, que nosso corpo não precisa de tanta proteína e que, de forma mais incisiva, esse excesso de consumo de carne pode na verdade fazer mal à saúde.
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Mas quais males pode causar comer carne todos os dias?
Esta foi a pergunta que se propôs responder uma equipe liderada pela Dra Alicja Wolk, do Instituto de Medicina Ambiental da Suécia.
Para encontrar as respostas, a equipe efetuou a chamada revisão sistemática, uma técnica de pesquisa que reúne todos os estudos científicos já publicados sobre o assunto e os coloca sob um mesmo crivo metodológico, descartando aqueles que não são significativos ou apresentam algum outro tipo de deficiência que impeça a comparação dos seus dados.
Problemas de saúde causados pelo excesso de carne
Veja alguns dos principais resultados da consolidação dos estudos científicos feitos até agora sobre o consumo de carne.
O consumo médio de 100 gramas de carne vermelha não processada (não industrializada) por dia mostrou-se associado com as seguintes elevações de risco à saúde:
- 19% para câncer da próstata avançado
- 17% para câncer colorretal
- 15% para mortalidade cardiovascular
- 11% para AVC e câncer de mama
O consumo médio de 50 gramas de carne vermelha processada (industrializada) por dia mostrou-se associado com as seguintes elevações de risco à saúde:
- 32% para diabetes
- 24% para mortalidade cardiovascular
- 19% para câncer de pâncreas
- 18% para câncer colorretal
- 13% para acidente vascular cerebral
- 9% para câncer de mama
- 8% para a mortalidade por câncer
- 4% para o câncer de próstata de qualquer tipo
Desta forma, não é à toa que alguns países já inseriram em seus programas de saúde pública novas orientações dietéticas que recomendam limitar o consumo de carne vermelha, seja natural, seja industrializada.
Os resultados desta meta-análise foram publicados pela revista médica Journal of Internal Medicine (10.1111/joim.12543).
Fonte: Diário da Saúde
Redação Saúde no Ar