Foi realizado de 11 a 13 de abril em São Paulo o o 9º Congresso do Departamento de Imagem Cardiovascular (DIC) da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Foi discutido o tema, diagnóstico e intervenção precoces de cardiopatias em bebês
No Brasil, nascem 24 mil bebês por ano com cardiopatia congênita. E metade dessas doenças necessitam de tratamento nos primeiros dias de vida. Desses nascimentos, só 10% dos bebês tinham algum fator de risco, como mãe com diabetes ou uso de alguma medicação na gravidez que possa causar essa má formação.
A melhor maneira de rastrear essas doenças é através do ecocardiograma fetal, exame não invasivo que deve ser feito entre a 24ª e 28ª semana de gestação. “Esse rastreio é importante porque uma vez diagnosticada a cardiopatia, muitas vezes é possível fazer a intervenção ainda no útero”, afirma Dra. Gabriela Nunes Leal, ecocardiografista do Instituto da Criança do Hospital da USP e do Hospital Sírio-Libanês.
“Esses óbitos são motivados por cardiopatias congênitas críticas que precisam de intervenção cirúrgica precoce. Se não tem o diagnóstico antes do nascimento, alguns desses bebês vão embora para casa sem os pais saberem da existência da doença e acabam piorando o quadro clínico longe do hospital. Quando retornam, às vezes, não é o momento de intervenção. Perde-se a oportunidade de operar o bebê em tempo hábil”, explica a médica.
Um percentual razoável dos óbitos por cardiopatia congênita acontece no período neonatal, ou seja, logo após o nascimento, explica a médica Gabriela Nunes Leal.