Mais uma evolução na área da saúde é aprovada com êxito no Brasil. Trata-se do exame para diagnosticar a tuberculose – considerado 240 vezes mais ágil no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – interior de São Paulo. A nova técnica permite analisar a micobactéria causadora da doença – na mesma agilidade em que verificado o vírus HIV – passando de oito horas para apenas dois minutos por meio da tecnologia Poct (Point of Care Test).
Hoje o novo método utilizado para verificação da tuberculose, assim como o vírus HIV, é através da saliva. No caso da tuberculose, a amostra usada na testagem rápida é colhida de uma cultura bacteriológica, por isso ainda há a necessidade de ser feito em laboratório.
De acordo com Valdes Bollela, professor da Divisão de Moléstias Infecciosas e Tropicais do Departamento de Clínica Médica, pesquisadores asiáticos e brasileiros estudam meios para que o exame seja feito diretamente com os fluidos do paciente. O professor destaca também a ideia de ter um teste que seja feito com o menor recurso tecnológico e o mais rápido possível, e cita como exemplo clássico os exames de malária e HIV, que podem ser feitos fora até do próprio hospital. Valdes salienta ainda que o exame da tuberculose ainda não chegou a este nível.
Segundo Valdes, a incidência da tuberculose no Brasil é 90 mil casos por ano, porém entre 85% e 90% são do tipo pulmonar. Ele ainda sinaliza que cerca de 4,5 mil pessoas morrem anualmente por causa da doença, além de ter muita gente morrendo de uma doença que tem cura. Valdes destaca também que entre 10% e 20% dos casos estão associados a pacientes soropositivos.