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EUA desenvolvem chip contraceptivo com controle remoto

Um chip de computador contraceptivo, que pode ser acionado por controle remoto, foi desenvolvido em Massachusetts, nos Estados Unidos.

O chip é implantado sob a pele de uma mulher, liberando uma pequena dose do hormônio levonorgestrel a cada dia.

O projeto foi apoiado por Bill Gates e passará por teste nos Estados Unidos no próximo ano – e, possivelmente, será colocado à venda em 2018.

O dispositivo mede 20mm x 20mm x 7mm e terá "preços competitivos", disse um de seus criadores.

Facilidade
Doses minúsculas do hormônio são armazenadas em um microchip de 1,5cm no interior do dispositivo.

Uma pequena carga eléctrica derrete uma vedação ultra-fina que cobre o levonorgestrel, liberando uma dose de 30 microgramas no organismo.

Existem outros tipos de implante contraceptivo disponíveis, contam os pesquisadores, mas eles requerem que a paciente procure uma clínica para ser submetida a um procedimento ambulatorial para desativá-los.

"A capacidade de ligar e desligar o disposito traz mais facilidade para aqueles que estão planejando ter uma família", disse o Dr. Robert Farra, do MIT.

O próximo desafio da equipe é garantir que o dispositivo seja absolutamente seguro a ponto de evitar a ativação ou desativação de outra pessoa sem o conhecimento da mulher.

"A comunicação com o implante precisa ocorrer à distância da pele", disse o Dr. Farra. "Alguém do outro lado da sala não pode re-programar o seu implante".

Implante
A mesma tecnologia também pode ser utilizada para administrar outros medicamentos.

Simon Karger, chefe de negócios e intervenções cirúrgicas da consultoria global de desenvolvimento de produtos e tecnologia Cambridge Consultants, disse que a tecnologia de implante – como é o caso do chip contraceptivo – enfrenta uma série de desafios e riscos.

Mas ele acrescentou que, em geral "o valor para o paciente desses tipos de implante pode ser enorme" e prevê "um futuro com muitos tratamento utilizando implantes inteligentes".

Tal inovação vem em um momento em que os governos e organizações em todo o mundo concordaram com um planejamento familiar abrangendo cerca de 120 milhões mais mulheres em 2020.

O desafio abre as portas para que este tipo de tecnologia de implante seja utilizado em áreas onde o acesso a anticoncepcionais tradicionais é limitado – uma prioridade, argumentou o engenheiro biomédico Gavin Corley.

"Mais do que uma necessidade de primeiro mundo, essa é uma aplicação humanitária ", disse à BBC.

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