Estudo: Zumbido no ouvido atinge mais de 740 milhões de pessoas no mundo

A percepção sonora sem correlação com barulhos externos reais é considerada um sintoma de uma condição prévia e não uma doença. O zumbido no ouvido pode se manifestar como um som acústico na forma de chiados, cliques, pulsações e outros ruídos. A forma grave pode levar à perda auditiva, prejudicando a qualidade de vida.

De acordo com amplo estudo, publicado nesta segunda-feira (8) no periódico científico JAMA Neurology, o zumbido afeta mais de 740 pessoas em todo o mundo. Desse total, mais de 120 milhões apresentam uma forma grave da condição.

As pesquisas sugerem que as estimativas colocam o zumbido em uma ordem de magnitude, como perda auditiva, enxaqueca, dor na lombar e na região do pescoço.

Assim, para a analise, o grupo de pesquisa mapeou mais de 700 artigos científicos sobre o tema, publicados entre 1972 e 2021. As estimativas de prevalência foram retiradas de 83 artigos e os dados sobre a incidência foram coletados de outros 12 estudos.

Segundo as informações obtidas, a estimativa anual de zumbido é de aproximadamente 1%. Por outro lado, 14% dos adultos apresentam algum zumbido e 2% sofrem de uma forma grave.

Contudo, a prevalência da condição não mostrou diferenças entre homens e mulheres. No entanto, o aumento foi associado ao avanço da idade: enquanto 10% dos adultos jovens tiveram algum tipo de zumbido, 24% dos idosos apresentaram sinais do problema.

Os pesquisadores afirmam que as evidências sobre a frequência do zumbido na população geral ainda são escassas. As dificuldades na obtenção de dados adequados devem-se às causas multifatoriais do problema, distúrbios associados, diversas características dos sintomas e a natureza subjetiva de qualquer avaliação do zumbido.

De acordo com o Ministério da Saúde, as causas possíveis para o zumbido no ouvido incluem excesso de cera, infecções e lesões do aparelho auditivo. Ainda assim, outros fatores  aparentemente não relacionados com o sistema auditivo podem dar origem ao sintoma, como desvios de coluna, alterações cardiovasculares, diabetes, disfunções da articulação da mandíbula e consumo excessivo de cafeína, álcool e tabaco.

 

 

 

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