Estudo: Embrião sintético pode mudar tratamentos de infertilidade

Pesquisadores publicaram na ultima quinta-feira (1º) na revista Nature estudo onde os pesquisadores conseguiram criar embriões de camundongos em laboratório.

Após 10 anos de pesquisa, os cientistas criaram um embrião sintético de camundongo que começou a formar órgãos sem esperma ou óvulo. Foram utilizadas apenas células-tronco.

As células-tronco são células não especializadas que podem ser manipuladas para se tornarem células maduras com funções especiais.

“Nosso modelo de embrião de camundongo não apenas desenvolve um cérebro, mas também um coração pulsante, todos os componentes que compõem o corpo”, disse a principal autora do estudo, Magdalena Zernicka-Goetz.  Professora de desenvolvimento de mamíferos e biologia de células-tronco da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

Os pesquisadores afirmam esperar passar de embriões de camundongos para a criação de modelos de gestações humanas naturais – muitas das quais falham nos estágios iniciais, disse Magdalena.

Até o momento, os pesquisadores conseguiram rastrear apenas cerca de oito dias de desenvolvimento nos embriões sintéticos de camundongos. Mas o processo está melhorando e eles já estão aprendendo muito, disse o autor do estudo Gianluca Amadei, pesquisador de pós-doutorado na Universidade de Cambridge.

Neste estágio, a pesquisa não se aplica a humanos e “precisa haver um alto grau de melhoria para que isso seja realmente útil”. Disse Benoit Bruneau, diretor do Instituto Gladstone de Doenças Cardiovasculares e pesquisador sênior dos Institutos Gladstone, que não esteve envolvido no estudo.

Mas os pesquisadores veem usos importantes para o futuro. O processo pode ser usado imediatamente para testar novos medicamentos. Por outro lado, a longo prazo, à medida que os cientistas passam de embriões sintéticos de camundongos para um modelo de embrião humano, isso também pode ajudar a construir órgãos sintéticos para pessoas que precisam de transplantes.

 

 

 

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