Um estudo recente com 1.736 pacientes com Alzheimer leve trouxe resultados animadores: o medicamento experimental donanemab retardou a progressão da doença em 60% dos casos. No entanto, os resultados foram menos robustos em pacientes mais velhos e com Alzheimer mais avançado, e efeitos colaterais graves, como inchaço cerebral, foram observados.
Pontos chave do estudo:
Eficácia: Donanemab retardou o declínio cognitivo em 29% em comparação com placebo em pacientes com comprometimento cognitivo leve ou demência leve.
Benefício variável: O efeito do tratamento foi mais significativo em pacientes com níveis baixos a intermediários da proteína tau no cérebro.
Duração do efeito: Pacientes que interromperam o tratamento após um ano por terem eliminado depósitos amiloides no cérebro mantiveram os benefícios por até sete meses.
Segurança: Inchaço cerebral foi o efeito colateral mais comum, afetando mais de 40% dos pacientes com predisposição genética para Alzheimer. Hemorragia cerebral também foi observada.
Mortes relacionadas ao tratamento: Três pacientes do estudo faleceram devido ao inchaço cerebral.
Apesar dos resultados promissores, os efeitos colaterais graves exigem cautela. Os pesquisadores recomendam triagem rigorosa com ressonância magnética e monitoramento cuidadoso dos pacientes durante o tratamento.
Mais detalhes sobre os efeitos colaterais:
Inchaço cerebral: Ocorreu em mais de 40% dos pacientes com predisposição genética para Alzheimer, e em 24% do grupo geral que recebeu o medicamento.
Hemorragia cerebral: Afetada 31% do grupo donanemab e 14% do grupo placebo.
Apesar dos riscos, os pesquisadores estão otimistas sobre o potencial do donanemab. A empresa farmacêutica responsável pelo estudo já solicitou aprovação à FDA americana para o medicamento.
Os resultados do estudo foram apresentados na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer em Amsterdã e publicados no JAMA.
Mais pesquisas são necessárias para confirmar os resultados e avaliar a segurança a longo prazo do donanemab.