Parceria cientifica entre o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN); instituição ligada à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a Universidade Federal de Minas Gerias (UFMG) realizaram pesquisa em tema pouco explorado relacionado a covid-19.
As entidades realizaram o monitoramento dos aerossóis atmosféricos permitiu mapear a presença e o trajeto do vírus no ar; dessa forma a pesquisa pode auxiliar na prevenção e no aperfeiçoamento das medidas de segurança. De acordo com o CDTN os estudos iniciaram em maio de 2020 e analisa as partículas microscópicas e invisíveis e sua presença no ar; observando como o coronavírus se locomove por seu baixo peso e sua baixa massa.
Presença do vírus no ar
Segundo os pesquisadores, os aerossóis passaram por investigação devido ao pequeno diâmetro de suas partículas inaláveis ; dessa forma, o vírus pode permanecer suspenso no ar por horas e se acumular com o tempo. Ao todo, houve coleta de 62 amostras entre maio e agosto de 2020; 52 delas em ambientes externos e internos de dois hospitais de Belo Horizonte (MG. Além de outras dez amostras coletadas nos espaços públicos da cidade de Belo Horizonte.
Em julho a Organização Mundial de Saúde (OMS), reconheceu que a transmissão do novo coronavírus pode acontecer pelo ar. De acordo com estudo realizado no Hospital da Universidade da Flórida em Gainesville (EUA), partículas do coronavírus foram encontrado no ar a quase cinco metros de um doente sintomático em um quarto.
O estudo reuniu evidências da possibilidade maior de dispersão do vírus em espaços fechados com circulação de ar insuficiente. Por outro lado, em ambientes externos, as amostras de ar foram todas negativas para o RNA SARS-CoV-2. A hipótese sugere riscos reduzidos nesses espaços abertos devido à alta dispersão que pode ocorrer com os aerossóis.
“Esses aerossóis são formados até mesmo durante a fala, grito, canto, respiração e tosse de uma pessoa contaminada, principalmente se não estiver de máscara, ou pela evaporação de parte dessas gotículas visíveis, que sofrem redução de tamanho e passam a ser invisíveis e ‘flutuarem’ no ar”.
Além disso, a pesquisa analisou os aerossóis nas estações de tratamento de esgoto; bem como nas casas de pessoas com Covid-19, a fim de aferir os riscos de transmissão nesses locais, e projetar estratégias de cuidado e prevenção do contágio pelo ar.
Leia estudo completo “Exploratory assessment of the occurrence of SARS-CoV-2 in aerosols in hospital facilities and public spaces of a metropolitan center in Brazil”.
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