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Estoque de soro contra raiva está baixo no país, diz Ministério da Saúde

Problemas de entrega do fornecedor contratado pelo Ministério da Saúde levaram a redução de estoque  de soro antirrábico no país, cuja distribuição está sendo racionada. A OMS alertou que a falta de soro antiofídico é mundial.  O soro é feito usando o veneno das próprias cobras.

De acordo com o Ministério da Saúde, devido a “reprogramações dos cronogramas e pendências de entrega pelo laboratório produtor, o soro antirrábico humano tem sido distribuído aos estados de forma parcial”. Um dos critérios de distribuição, diz a pasta, é avaliação dos estoques disponíveis.

o Ministério da Saúde informou que deve assinar contrato com o Instituto Butantan nos próximos dias, “que irá ampliar a produção do soro para atender a demanda dos estados a partir de agosto”.

o Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Saúde, esclarece que não haverá distribuição de soro antiofídico na rotina para os municípios nos meses de junho e julho. A falta do imunobiológico ocorre devido ao adiamento do cronograma de entrega ao Ministério da Saúde, por parte dos laboratórios produtores. Falta soro em algumas cidades do estado.

Christian Silva de Jesus, 4, morreu na última sexta-feira (28/06) após ser picado por um escorpião em Taguatinga cidade satélite de Brasilia. A criança foi atacada enquanto dormia. Levado ao Hospital Regional de Taguatinga, o menino não recebeu imediatamente todas as doses de soro de que precisava, segundo relato dos pais.

Os estoques de soro antirrábico e de soro antiofídico no Rio Grande do Norte estão no fim. A situação é crítica, e a recomendação do diretor geral do Hospital Giselda Trigueiro, referência regional no tratamento de doenças infecto-contagiosas e no atendimento de pessoas atacadas por animais peçonhentos, é evitar qualquer tipo de atividade que possa oferecer algum tipo de risco: incluindo uma simples trilha na natureza. “Vai que acontece da pessoa, durante uma caminhada na natureza, ser picada por uma cobra ou mordida por um morcego. A melhor opção, é aguardar os estoques se normalizarem”, aconselhou o médico André Prudente.

Jorge Roriz

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