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Estado do Amazonas passa a ter 17 línguas oficiais

O estado do Amazonas possui agora 17 línguas oficiais. Dezesseis línguas indígenas foram incluídas como oficiais em ato realizado em São Gabriel da Cachoeira. A 800 km de Manaus, local considerado a cidade mais indígena do Brasil.

A sanção da Lei ocorreu após o lançamento da primeira Constituição Federal traduzida para o nheengatu, a única língua descendente do tupi antigo e ainda viva.

Durante o evento, Rosa Weber lembrou que muitas palavras da língua portuguesa, como “guri” e “guria”, comuns no Rio Grande do Sul, também possuem origem indígena. A ministra comentou essa mistura de expressões no evento que aconteceu na maloca da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro.

“Estamos hoje em uma maloca, que aprendi que significa ‘casa de gente’. Casa nossa, então, né? Diante disso, posso dizer que hoje estamos aqui, nesta maloca, onde vejo algumas crianças, guris e gurias, para tratar do futuro do Brasil. Do futuro da casa da nossa gente”.

Com a nova legislação estadual, as línguas oficiais do Amazonas passam a ser: Apurinã, Baniwa, Dessana, Kanamari, Marubo, Matis, Matses. Bem como, Mawe, Mura, Nheengatu, Tariana, Tikuna, Tukano, Waiwai, Waimiri, Yanomami e Português.

Também já está valendo a Política de Proteção das Línguas Indígenas, que inclui a garantia do direito ao pleno uso público da própria língua, dentro ou fora de terras indígenas.

 

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