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Espermatozoide de 50 milhões de anos é encontrado na Antártica

Um espermatozoide animal com idade estimada em 50 milhões de anos – considerado o mais antigo entre todos até o momento no mundo – é encontrado na Antártica por cientistas. De acordo com os pesquisadores, o recordista anterior havia sido encontrado em um crustáceo de 17 milhões de anos. A descoberta foi apresentada nesta quarta-feira (15), por cientistas do Museu Sueco de História Nacional, e divulgada na publicação Biology Letters.

Segundo os pesquisadores do Museu Sueco, o espermatozoide pertence a uma família que inclui minhocas e sanguessugas. Ainda de acordo com eles, o esperma fóssil Clitellata é muito parecido com o esperma de vermes de lagostas, que se alimentam de matérias encontradas na parte externa do corpo do animal.

O paleontologista Benjamin Bomfleur, da equipe que fez a descoberta, enfatizou que o objeto encontrado pode parecer que (a amostra) esteja preservada em detalhes perfeitos, mas, no final, a estrutura em si está fossilizada. “Temos a forma exterior e a forma das células do espermatozoide preservadas. Podemos até ter uma formação anatômica interna das células do espermatozoide ainda preservada, mas não temos certeza sobre isso ainda”, enfatiza o cientista.

Benjamin Bomfleur ainda salienta que mesmo se a anatomia estiver preservada, o material que o compõe está alterado, então não é o material orgânico original que compõe o esperma passado dos animais.

O esperma foi encontrado por acaso por Stephen McLoughlin, que integra a equipe de Bomfleur, enquanto ele analisava amostras de rochas da Antártica. Ambos já haviam estudado casulos fossilizados e sabiam que eles poderiam conter micro-organismos, segundo Bomfleur. “Analisamos os casulos com cuidado e os analisamos através de diferentes métodos microscópicos para ver se há alguma coisa dentro”, ressalta o cientista ao acrescentar que a descoberta do esperma foi uma surpresa.

Agora, a equipe pretende analisar mais exames de casulos antigos, na perspectiva de que descobertas semelhantes podem ser feitas. “Acreditamos que levantamentos de casulos antigos podem abrir uma janela única para a história evolutiva de uma gama de micro-organismos invertebrados que não têm registro fóssil”, diz o artigo.

Fonte: BBC

L.O.

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Jorge Roriz

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