Estudos divulgados pelo Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) atestam que os escravos trazidos para o Brasil ao longo do século 19 podem ter trazido o vírus da hepatite B para o país. Desenvolvida pelo Laboratório de Virologia Molecular do instituto, a pesquisa constatou que o genótipo mais comum da doença encontrado no Brasil se assemelha com o da região onde se localiza Moçambique, que entre 1837 e 1856 forneceu mais de 400mil nativos para o trabalho escravo. As condições impostas aos escravos são consideradas como fatores que influenciaram na propagação da doença no Brasil.
Ao divulgar o resultado os pesquisadores afirmaram que o objetivo inicial do estudo não era o de identificar a origem do HBV circulante no Brasil, mas ao decifrar o DNA do agente, acabaram por se aproximar da constatação.