Estudo inédito publicada nesta sexta-feira (16) na revista Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação. Conduzido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Durham University, na Inglaterra. Revela que na pandemia as crianças aprenderam, em média, 65% do que geralmente aprendiam em aulas presenciais.
Dessa forma, a taxa de aprendizagem equivale a cerca de quatro meses de aulas perdidos. Além disse, crianças em situação de maior vulnerabilidade social aprenderam, em média, 48%, do que seria esperado em aulas presenciais.
Levamtamentos similares de apredizado aconteceram em outros países. Contudo, este é o primeiro estudo feito no Brasil sobre o tema. Segundo os dados quanto a interrupção das atividades presenciais nas escolas aumentou a desigualdade de aprendizagem durante o ano de 2020 e causou impacto sobretudo nas crianças de famílias com perfil socioeconômico mais baixo.
De acordo com o estudo, para crianças de maior perfil socioeconômico, as perdas de aprendizagem foram menores. Elas aprenderam, em média, 75% do esperado.
Para o estudo, a pesquisa observou 671 crianças do segundo ano da pré-escola, com idades entre 5 e 6 anos, de 21 escolas da rede privada e conveniada na cidade do Rio de Janeiro.
Assim, a pesquisa, que é financiada pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, ainda está em andamento, com os autores coletando dados para estimar os impactos da pandemia em médio prazo, equivalente ao ano letivo de 2022. O estudo tem mais dois relatórios já publicados, um deles sobre aprendizagem na educação infantil na pandemia em Sobral, no Ceará, e outro sobre o impacto da covid-19 no aprendizado e bem-estar das crianças.