Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) trabalha no desenvolvimento de equipamentos para auxiliar o treinamento e a avaliação de atletas com deficiência. O primeiro deles, que deverá chegar aos centros de treinamento em 2017, é um ergômetro para cadeirantes.
Os ergômetros são aparelhos utilizados para calcular o esforço físico e podem ter diversas formas, como esteiras e bicicletas ergométricas. A proposta do ergômetro construído pelos pesquisadores da UFU é simular uma cadeira de rodas para avaliar a condição física de cadeirantes que praticam modalidades como atletismo, basquete e tênis. O atleta executa no equipamento o mesmo movimento que faria para propulsionar as rodas de sua cadeira durante o esporte.
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“O nosso ergômetro utiliza um sistema de resistência eletromagnética em que é possível a seleção de até oito níveis. Podemos medir as velocidades e potências exercidas, a energia gasta durante o exercício e os respectivos índices de fadiga. Outra característica do equipamento é que suas dimensões podem ser ajustadas de acordo com o tamanho e posicionamento do usuário”, explica o engenheiro que coordena o projeto, Cleudmar de Araújo. Segundo ele, o equipamento poderá ajudar treinadores e atletas brasileiros a estabelecer um treinamento para aprimorar o condicionamento e a performance física, além de permitir o acompanhamento da evolução do desempenho.
A construção do ergômetro é um projeto de longo prazo que teve início na UFU em 2007 e ganhou força em 2012 com a criação do Núcleo de Habilitação e Reabilitação em Esportes Paralímpicos, formado por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores das áreas de engenharia mecânica, mecatrônica, educação física, fisioterapia, odontologia e medicina. A proposta do grupo é desenvolver inovações em tecnologias voltadas para diversas modalidades esportivas praticadas por pessoas com deficiência. A iniciativa tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
Redação Saúde no Ar
João Neto