Segundo, Nise Yamaguchi, oncologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC), o envolvimento de agentes comunitários de saúde no fluxo de atendimento ao paciente pode reduzir o tempo para o diagnóstico de câncer e aumentar a sua chance de cura. Nise destaca que existindo um sistema integrado, vai melhorar o fluxo do paciente ainda na atenção básica.
“Acontece muito, pacientes fazem mamografia, dão alteradíssimas, mas elas não voltam para pegar o exame e ninguém vai atrás. O sistema deveria acender a luz vermelha, a equipe deveria ligar, ir atrás da paciente, se já está começando a suspeita de câncer já pode entrar no sistema”, explicou. “Com a proatividade já se resolve”, ressaltou.
Nesse Outubro Rosa, mês dedicado à prevenção e combate ao câncer de mama, a SBC alerta que 90% dos cânceres de mama podem ser curados quando detectados em estágios iniciais. O diagnóstico precoce também permite tratamentos menos agressivos e maior possibilidade de preservação da mama.
Além da fila zero no SUS, Nise explica que é preciso também melhorar o fluxo de atendimento na saúde suplementar, de planos privados de saúde. “Falta ainda a consciência de como a paciente tem que navegar rapidamente dentro do sistema, das consultas, aos exames e tratamento”, disse, contando que já existe uma inciativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre um modelo de cuidado em oncologia.
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